Polícia é chamada para retirar catadores do lixão em Santa Maria
2005-06-01
A batalha está prestes a recomeçar no Lixão da Caturrita, em Santa Maria, mas, dessa vez, em vez da força, a Brigada Militar (BM) pretende usar o diálogo. O juiz da 1ª Vara Cível de Santa Maria, Régis Bertolini, deu no dia 30, a pedido da prefeitura, a autorização ao uso da ação policial para a retirada dos catadores. Eles voltaram ao lixão na sexta-feira, desrespeitando a ordem judicial de não ficar no local. Mas uma nova tática deverá ser adotada, diferente do que foi feito no último dia 16, quando a BM impediu a entrada dos catadores no lixão e retirou os que estavam lá dentro. Enquanto a estratégia policial está sendo montada, o número de catadores que voltaram ao lixão continua aumentando. A rotina de coleta continuou normalmente ontem. Cerca de 50 catadores trabalharam reunindo materiais para serem vendidos.
Os catadores foram proibidos de entrar no lixão por uma decisão judicial, a pedido da Fundação Estadual do Proteção ao Meio Ambiente (Fepam). Uma série de ações também foi exigida da prefeitura. O engenheiro da Fepam, José Mallmann, afirmou que a fundação está de olho na prefeitura que, segundo ele, até o momento tem cumprido as exigências da Justiça.
O prefeito Valdeci Oliveira esteve ontem á tarde, no horto municipal, para conversar com os catadores. Em parceria com o projeto Esperança/Cooesperança, a prefeitura prepara um terreno para que as cerca de 180 famílias de catadores cadastradas possam plantar, criar gado e trabalhar em um galpão de reciclagem. (Diário de Santa Maria, 31/05)