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2005-06-01
A Aracruz Celulose destruiu pelo menos 100 mil hectares de Mata Atlântica, somente no Espírito Santo. A afirmação é do sindicalista Valmir Noventa, um dos coordenadores estaduais do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e membro da Rede Alerta Contra o Deserto Verde. Ele lembra que prejuízo à biodiversidade causado por tamanha destruição da vegetação nativa é incalculável e jamais poderá haver recomposição total destas áreas.

Valmir Noventa afirma que os dados divulgados pela multinacional são sempre maquiados: — A empresa tem cerca de 240 mil hectares plantados com eucalipto somente no Espírito Santo, mesmo que diga o contrário. Destes, pelo menos 40% eram áreas de mata atlântica intocada ou em adiantado estado de recuperação. Ela aponta que são inconsistentes as informações que indicavam a destruição de apenas 50 mil hectares da Mata Atlântica pela Aracruz Celulose.

No seu balanço 2004, a Aracruz Celulose assume que tem plantios de eucalipto em 252 mil hectares, e a propriedade de outros 133 mil hectares de terras, mas em quatro Estados (Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). A empresa confirma que tem eucaliptos plantados em 71 mil hectares no que chama Programa Produtor Florestal, e que incorporou mais de 3 mil agricultores a este programa. Não incluídos 28 mil hectares do presente que o Governo Paulo Hartung deu no ano passado com seu programa florestal.

- As terras que a Aracruz Celulose usa foram usurpadas de pequenos agricultores, quilombolas e dos índios. Todos estes grupos lidam sem problemas com a vegetação nativa. Já a empresa chega destruindo tudo, arrasando a vegetação nativa com o uso de tratores e correntões. Então há uma clara distinção do uso da terra pelos trabalhadores e pela Aracruz - lembra Valmir Noventa.

A destruição da mata nativa continua. A Aracruz Celulose está investindo na compra de terras, aumentando o latifúndio. E não muda sua prática de destruir tudo para plantar grandes extensões de eucaliptos. - A luta dos movimentos sociais é mostrar à sociedade que a forma de usurpação da terra e os plantios gigantescos de eucalipto prejudicam a todos. O agronegócio é a falência da pequena propriedade, de onde sai os alimentos para a mesa do brasileiro - sentencia Valmir Noventa.

Ele lembra a destruição de grandes áreas na Amazônia para plantio de soja - no comando o próprio governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, nascido no Parará - e diz que o processo é semelhante ao que foi e é praticado no Espírito Santo pela Aracruz Celulose. Valmir Noventa afirma que este modelo agrícola é atrelado ao capital internacional, e é defendido tanto pelo Governo Federal, como pelo Governo do Estado.

A Aracruz Celulose teve lucro líquido de R$ 1,870 bilhão em 2003 e em 2004. Segundo cálculos do MPA divulgados em 2003, em 30 anos, a Aracruz Celulose recebeu favores do Governo Federal que totalizam R$ 13 bilhões. Neste período, todo o dinheiro aplicado em agricultura pelo Governo Federal do Espírito Santo totaliza apenas R$ 1,5 bilhão.

O controle acionário da Aracruz é exercido pelos grupos Safra, Lorentzen e Votorantim (28% do capital votante cada) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (12,5%). As ações preferenciais da empresa, perfazendo 56% do total do capital, são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri. Já a Veracel é parceria da Aracruz Celulose com a Stora Enso (cada uma com 50% do controle acionário). (Século Diário, 31/05)

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