A Consulta Popular de 2006 deverá destinar R$ 17,6 milhões para investimentos nos dez municípios do Conselho Regional de Desenvolvimento Metropolitano (Corede) Delta do Jacuí. O valor é R$ 40 milhões inferior ao previsto para 2005. A projeção foi feita ontem pelo diretor institucional do Gabinete de Políticas Públicas, Valdir Fraga, em audiência com representantes do Corede, na Ufrgs. O governador em exercício Antonio Hohlfeldt explicou que a redução se deve à necessidade imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal de zerar o processo até o final de 2006.

A estiagem, que provocou queda de R$ 400 milhões na arrecadação de ICMS e o impedimento de repasses três meses antes do processo eleitoral contribuíram na revisão dos valores. Em 2005, a Consulta movimentou R$ 327 milhões - R$ 125 milhões a mais do que as previsões para 2006. Fraga disse que as obras rodoviárias estão fora do processo, cuja votação de prioridades será em agosto. — O Daer terá R$ 52,6 milhões para continuidade e finalização de intervenções em andamento, frisou.

Dos R$ 202,6 milhões a serem partilhados, R$ 72 milhões irão para a Fapergs e secretarias de Educação, Saúde, Justiça e Segurança, Trabalho e Agricultura. Corsan e CEEE dispõem de R$ 50 milhões. O presidente do Corede/Delta do Jacuí, Sérgio Cardoso, afirmou que os recursos serão insuficientes para as prioridades da região - habitação, segurança e saneamento. Até o final do mês, ele concluirá levantamento de obras pendentes. (CP, 1/6)