Potencial de gás natural do Vale do Taquari (RS) será apurado
gás natural no RS
2005-06-01
O potencial de consumo de gás natural no Vale do Taquari será revelado em 90 dias. É isto que ficou acertado na segunda-feira (30/5), após assinatura de um protocolo de intenções entre a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, a Sulgás, a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvate), o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) e a Universidade do Vale do Taquari (Univates).
— A equipe técnica da Sulgás realizará um estudo de viabilidade de implantação de rede canalizada de gás natural na região ou do transporte deste combustível via terrestre-, explicou o secretário Valdir Andrés. O acordo prevê que o Codevat, a Amvat e a Univates definam os possíveis consumidores de gás natural no Vale do Taquari e ofereçam as condições necessárias para o trabalho dos técnicos da estatal gaúcha.
A pode ser abastecida por gás por meio de ramificações de gasodutos existentes na região Metropolitana ou na Serra. Outra alternativa se abre após a conclusão do Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, prevista para o próximo ano, que possui 50 Km construídos de um total de 600 Km. Uma outra opção é utilizar carretas-feixe, um veículo especial que hoje já transporta Gás Natural Comprido (GNC) até o Posto do Arco, em Lajeado.
Potencial
O Vale do Taquari é responsável por quase 4% do consumo estadual de eletricidade. Deste total, 38% é usada no meio rural, 34% na indústria, 14% em residências, 8% no comércio e 5% pelo setor público. Lajeado consome 46% da energia requerida pela região. Como vantagens no uso do gás natural, o secretário destacou principalmente a economia de até 70% em relação à gasolina.
O presidente da Associação Comercial e Industrial da Região do Taquari (Acil), Nilson Gemelli, informou que Lajeado possui 14 revendas de automóveis e uma média de um veículo para cada dois habitantes. — Temos um imenso potencial a explorar-, frisou. O presidente da Amvat e prefeito de Arroio do Meio, Danilo José Bruxel, ressaltou a importância da análise de viabilidade de levar o combustível às empresas do Vale do Taquari. — Vamos aguardar com ansiedade os resultados desta pesquisa-, disse ele.
Abastecimento
O Gasbol (gasoduto Bolívia-Brasil) possui capacidade para atender a demanda de gás natural do Estado por pelo menos mais quatro anos. A secretaria de Minas estima que ainda pode haver um acréscimo de 25% na importação de gás da Bolívia, atualmente em 2,3 milhões de metros cúbicos/dia. Com isso, a dependência externa diminuirá sensivelmente. Dos 2,2 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural consumidos no Estado, cerca de 12% é destinado ao abastecimento de veículos. O restante é absorvido por indústrias e por usinas termelétricas. (Com informações da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul)