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2005-06-01
Por Carlos Matsubara

Com a apresentação do documentário A Morte Lenta pelo Amianto (Asbestos, a Slow Death), o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) foi aberto ontem (31/5) em Goiás Velho (GO). Dirigido por Sylvie Deleule em produção francesa que já foi exibida na França, Alemanha, Japão e Canadá, o media –metragem abre espaço para a discussão de um tema espinhoso.

O documentário levanta graves denúncias sobre a atuação dos lobbies políticos e empresariais na polêmica questão do amianto. O mineral já foi banido em 42 países (em toda a Europa e em muitos dos demais países desenvolvidos), mas ainda é explorado e comercializado no Brasil. O festival está em sua sétima edição, sendo realizado sempre no município goiano.

No filme, Sylvie Deleule inclui pesquisa detalhada e depoimentos sobre a luta contra o amianto na França, Canadá, Alemanha e Brasil, ouvindo trabalhadores que foram vítimas do produto, cientistas, médicos, sociólogos, políticos e ambientalistas. Na parte brasileira do documentário, alguns dos depoimentos mais relevantes são os de Fernanda Giannasi; de trabalhadores vitimados pelo amianto e do deputado Ronaldo Caiado, que assume abertamente o fato de ter recebido pagamento em dinheiro para lutar a favor da continuidade da exploração do amianto no Brasil.

— O governo brasileiro ainda não assumiu posição clara sobre o assunto e o projeto de lei que visa banir o uso do amianto no Brasil, de autoria dos deputados Fernando Gabeira e Eduardo Jorge, continua com sua tramitação paralisada-, explica Fernanda Giannasi, auditora fiscal do Ministério do Trabalho desde 1983, e líder da luta pelo banimento do amianto no País.

Eternit
Fernanda luta contra poderosos. Ao fundar a Rede Virtual-Cidadã para o Banimento do Amianto na América Latina acabou processada por crime de difamação pela Eternit, fabricante de produtos com amianto no País. Mais: sofreu pressão do governo canadense, maior exportador do mundo, tendo inclusive, recebido ameaças de morte.

Outro ponto importante lembrado por ela é que a maior mina de amianto do Brasil e da América Latina continua a ser explorada pela Eternit justamente no Estado de Goiás (Minaçu), o que traz o problema diretamente para o centro geográfico do FICA e da comunidade que está envolvida de maneira mais próxima com o Festival.

Em seu documentário, Sylvie Deleule conta a tumultuada trajetória da luta contra o amianto em diversos países, especialmente a França, que levou mais de vinte anos para proibir esse produto cancerígeno enfrentando a resistência do lobby empresarial e político; há depoimentos sobre a situação da Alemanha e citações sobre outros países europeus que também baniram o amianto.

Além da Europa e do Brasil, o filme concentra seu foco sobre a situação do Canadá, que ainda mantém a exploração e é atualmente uma das principais fontes de pressão no lobby pró-amianto. Durante sua exibição no Canadá, inclusive, o documentário foi objeto de forte protesto encabeçado pela indústria do amianto.

Em relação à questão ambiental e de saúde pública no Brasil, o filme francês aborda também o gravíssimo problema dos passivos social e ambiental gerados pelo abandono da primeira mina de amianto explorada comercialmente no Estado da Bahia entre os anos 30 e 60. (Com informações da PressPartner)

A Sinospe do documentário A Morte Lenta pelo Amianto

Em 2005, o uso do amianto já está proibido em toda a Europa e na maioria dos países desenvolvidos. Médicos e cientistas sabiam, desde a década de 1950, sobre os riscos que o amianto representa para a saúde pública. Como eles puderam aceitar essa situação durante tanto tempo no hemisfério Norte e como podem aceitar, hoje, que a exploração do amianto continue florescendo em tantos países do hemisfério Sul? Será que a vida humana é um preço aceitável a se pagar pelo enriquecimento econômico de algumas empresas? A investigação feita para o documentário foca principalmente a Europa, Canadá e Brasil, e os fortes interesses econômicos que ainda lutam para manter essa denúncia bem escondida.

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