Ativistas da Greenpeace dos EUA acusados de sabotagem por colegas britânicos
2005-05-30
O braço norte-americano da Greenpeace foi acusado por colegas britânicos de sabotagem em relação à tentativas de combate da mudança climática, por conceder vôos de feriados para partes remotas do mundo. Para desânimo de seus colegas britânicos, a Greenpeace norte-americana está oferecendo feriados para ilhas do Pacífico e partes remotas da América do Sul como recompensa pelo recrutamento de novos membros para fazer campanha contra a energia nuclear.
Em um movimento que gerou protestos dos colegas britânicos, a Greenpeace dos Estados Unidos condicionou seus feriados ao novo Projeto Gelo Fino, iniciativa voltada a provar que a camada de gelo do Ártico está derretendo por causa do aquecimento global. A campanha teve início em 10 de maio, quando dois exploradores lançaram a primeira cruzada de verão pelo Ártico.
O prêmio de feriado inclui estada em cabanas selvagens de Papua Nova Guiné, que demandaria um vôo de Nova Iorque direto, de 20 mil milhas, para ir até lá e voltar por Tóquio. Com isto, seriam geradas cerca de 10 toneladas de gás carbônico, gás de efeito estufa, para cada pessoa. Segundo o diretor-executivo da Greenpeace britânica, está claro que a iniciativa não poderia contar com o apoio da ONG. Para Jeff Gazzard, da área de campanhas da Federação de Aviação do Meio Ambiente, a Greenpeace atirou em seu próprio pé: –O que deveria ser feito é parar a mudança climática, não criar mais, disse. (The Independent, 29/5)