Aquecimento global pode gerar intensos fluxos migratórios na Europa, revela estudo
2005-05-30
De acordo com os dados da Agência Européia do Meio Ambiente (EEA), o aquecimento global provocará um derretimento das calotas polares na região do Ártico (Norte) e uma seca intensa na região do Mediterrâneo (Sul), levando milhões de habitantes destas áreas a se refugiarem nos países do centro do continente, onde o clima será menos afetado. Na região do Ártico, onde estão parte do oeste da Rússia e da Escandinávia, a elevação da temperatura causaria o derretimento gradual das geleiras, o que afetaria a fauna e a flora local, e conseqüentemente as populações, principalmente de indígenas.
Já no caso do Mediterrâneo, que abrange o sul de Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Croácia e Albânia, o aquecimento do planeta reduziria drasticamente a chuva, em função do provável crescimento das áreas desérticas na África, o que influenciaria o clima local.
As projeções dos principais centros climáticos indicam que a temperatura média do planeta irá se elevar entre 1,4ºC e 5,8ºC até o final deste século, e entre as principais conseqüências, estariam as secas, as enchentes e a elevação do nível do mar.
O aquecimento é o resultado do chamado efeito estufa, que é um fenômeno de retenção de calor na atmosfera, através de gases que não permitem que a radiação solar seja emitida para fora do planeta. O dióxido de carbono é o principal gás ligado ao efeito estufa, e a emissão do mesmo através de fontes antropogênicas (principalmente indústrias e veículos) está alterando a composição da atmosfera, o que vem resultando em mudanças climáticas cada vez mais drásticas. (Último Segundo, 2705)