Para onde vão pilhas e baterias usadas de Santa Maria?
2005-05-27
Mais de 400 quilos de pilhas e baterias estão guardados na Secretaria de Proteção Ambiental em bombonas (reservatórios). O material foi entregue pela comunidade. A prefeitura de Santa Maria não sabe que destino final vai dar ao material que está recebendo. O caminho correto é um aterro de resíduos perigosos, com proteção para que os componentes químicos pesados não vazem. Mas este aterro não existe na cidade. A empresa PRT pediu licença à Fundação de proteção Ambiental (Fepam) para construir o aterro, mas ainda não teve resposta.
O depósito de pilhas e baterias na Secretaria de Proteção Ambiental é uma solução intermediária para contornar o descumprimento de uma lei municipal que obriga as lojas que vendem os materiais a recebê-los e enviá-los aos fabricantes. Problemas como a falta de iniciativa das lojas, a fiscalização quase nula e a venda destes produtos pelo comércio ambulante impedem que a lei seja cumprida. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) responsabiliza os fabricantes pelo não recebimento do material. Mas os fabricantes dizem que, como as pilhas e baterias podem ir para os aterros, eles não precisam recolher os materiais. Com tantos entraves para o cumprimento das regras, Santa Maria segue na lista das muitas cidades do planeta que não conseguem dar um destino definitivo e adequado a pilhas e baterias. (Diário de Santa Maria, 25/05)