Pesticidas e Parkinson: existe vínculo entre ambos?
2005-05-27
Pessoas que trabalham em jardinagem devem utilizar roupas especiais de proteção para se proteger contra pesticidas, afirmam cientistas que concluíram um novo estudo segundo o qual as substâncias químicas empregadas nessas práticas aumentam o risco de mal de Parkinson.
Pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Escócia, descobriram que quanto mais um jardineiro se expõe a pesticidas, mais provável torna-se ele desenvolver doenças degenerativas do cérebro.
–Os resultados reforçam a necessidade de os jardineiros amadores vestirem equipamentos de proteção ao utilizarem pesticidas, afirma o estudo, publicado na quarta-feira (25/5) pela revista New Scientist.
Anthony Seaton e seu grupo de Aberdeen entrevistaram 767 pessoas portadoras de Parkinson e 1.989 pessoas saudáveis sujeitas ao risco de contraírem o mal, inclusive pelo uso de pesticidas. Eles concluíram que pessoas com a doença estiveram mais expostas ao uso de pesticidas. Jardineiros amadores eram 9 % da população pesquisada com esta maior probabilidade de sofrer com o mal. E agricultores compuseram 43% desta faixa de probabilidade.
Os pesquisadores também identificaram outros fatores de risco, como o de ficar inconsciente ao se expor a pesticidas sem cuidados. Segundo eles, os riscos de doenças por esta causa aumentaram 350% nos últimos anos. A doença de Parkinson, um mal crônico e irreversível, tinge 1% da população do mundo na faixa acima de 65 anos. Os sintomas incluem tremores, rigidez do corpo, movimentos lentos e má coordenação motora. (ABC News, 26/5)