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2005-05-25
O mercado dos créditos de carbono deve chegar a cerca de US$ 3 bilhões neste ano. A gerente de Projetos da ICF Consulting, Christianne Maroun, acredita que 30% desse mercado pode ser conquistado por empreendimentos brasileiros. – A previsão do Banco Mundial é que em 2012 esse mercado cresça para US$ 10 bilhões - relata Christianne.

A representante da ICF Consulting foi uma das palestrantes do work shop Kyoto: Treinamento em Mudanças Climáticas e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, ocorrido ontem na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). O Protocolo de Kyoto determina que quem polui o meio ambiente deve assumir financeiramente as conseqüências disso. Assim, quem mais poluiu desde a Revolução Industrial deverá pagar pelos prejuízos causados ao ambiente. Esses países podem compensar essa falta investindo, por exemplo, na recuperação e manutenção de áreas verdes, cuja maior parte ainda está nos países pobres e em desenvolvimento, ou na geração das chamadas energias limpas. Desta compensação é que surgem os créditos de carbono.

A gerente de Projetos da ICF Consulting destaca que já há contratos de aproveitamento de créditos de carbono firmados no Brasil como é o caso do projeto da empresa Nova Gerar que envolve um aterro sanitário no Rio de Janeiro. Na região Sul, Christianne acredita que há um bom potencial em relação ao tratamento de resíduos da suinocultura e bovinocultura. - A primeira característica que se analisa no processo para a obtenção do crédito é se ele reduz a emissão de gases que provocam o efeito estufa, como o CO2, metano e outros - informa Christianne. Em segundo lugar, explica ela, é verificado se o projeto não aconteceria dentro do negócio usual da empresa. Ela enfatiza que os créditos de carbono foram criados para viabilizar projetos que não teriam condições de serem concluídos sem apoio. (JC, 25/05)

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