Desmatamento cai onde há produção sustentável
2005-05-25
Os índices de desmatamentos divulgados pelo governo federal na semana passada para a Amazônia já registram uma tendência promissora para a reversão do quadro de destruição da floresta mostrado anualmente pelas imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
As imagens mostram que estados da Amazônia onde os governos começam a se preocupar com o desenvolvimento sustentável e a exploração racional de suas florestas apresentaram índices negativos de desmatamento no período de 2003-2004 em relação ao período anterior, de 2002-2003. Assim ocorreu no Acre, que reduziu seu desmatamento em 18%; no Amazonas, que desmatou 39% a menos, no Maranhão, com redução de 26%; no Tocantins, com queda de 44%; e até no Pará, que apresentou decréscimo de 2% em seus desmates. Ao fazer esta análise sobre o assunto que mais movimentou a mídia nacional na semana passada, o deputado federal Zico Bronzeado (PT-AC) elogiou os estados que têm contribuído para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e para a manutenção dos trabalhadores extrativistas nas florestas, produzindo de forma sustentável, sem agredir a natureza.
Segundo Bronzeado, o Acre contribuiu com redução de 18% no desmatamento porque o seu governo, que tem como slogan o Governo da Floresta, se preocupa com o desenvolvimento sustentável e a exploração racional das florestas do estado e incentiva todos os projetos econômicos que têm por objetivo o uso múltiplo sustentável das muitas riquezas naturais existentes nelas. O deputado também destacou que a futura lei de gestão de florestas públicas, que está sendo discutida e será votada em breve na Câmara dos Deputados, vai contribuir sobremaneira para a redução dos desmatamentos na Amazônia na medida em que os médios e grandes produtores passarão a explorar a floresta de forma racional, com planos de manejo de uso múltiplo. Para o deputado, a economia do país teria muito mais a ganhar se as árvores da floresta fossem exploradas através do manejo sustentável com a devida certificação, que garante que os produtos originários delas foram obtidos sem desmatamento indiscriminado, com ganhos reais para os trabalhadores extrativistas que residem e protegem a floresta. (Amazônia.org, 24/05)