MAB cobra agilidade na venda de terras para usina
2005-05-25
Quinze famílias que serão atingidas pela Usina Foz do Chapecó estão acampadas desde o dia 23/05 no terreno do futuro canteiro de obras, em Linha Volta Grande, na divisa entre Alpestre (RS) e São Carlos, Oeste de Santa Catarina. Eles protestam contra a demora no processo de negociação de venda das terras e benfeitorias que devem ficar submersas quando se formar o lago no leito do rio Uruguai. - Nós vamos ficar aqui por prazo indeterminado, até que todas as garantias sejam atendidas. Os construtores têm de negociar direto com o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e não com os comitês municipais. Não vamos admitir as picaretagens que ocorreram em outras barragens no Brasil - disse José Mauro Bremm, integrante da coordenação do movimento.
O ato público que marcou o início do acampamento de protesto reuniu cerca de 300 pessoas, incluindo lideranças políticas, sindicais e religiosas. Bremm informou que foi cogitada a possibilidade de ser criado um comitê parlamentar na Assembléia Legislativa para acompanhar as negociações entre construtores e atingidos. No terreno ocupado No dia 23 foram construídos barracos de lona que vão abrigar as famílias, que estão dispostas a permanecerem acampadas à espera de uma solução rápida para o impasse. Nem mesmo a baixa temperatura, que ontem à noite beirava a casa dos cinco graus centígrados, desanimou os manifestantes, que durante a tarde organizavam fogões à lenha improvisados para se aquecer e preparar as refeições. (A Notícia, 24/05)