O vazamento de óleo causado por uma embarcação naufragada, constatado no fim da tarde do dia 22 no rio Paraguai, nas proximidades da região do Bracinho, na área urbana entre Corumbá e Ladário, é o maior desastre ecológico no rio do qual se tem notícia, segundo o sargento da PMA (Polícia Militar Ambiental), Gesner Batista Ramos. Ele conta que esteve ontem no local por volta de 18 horas e percebeu que a mancha já se estende por seis quilômetros do rio. Hoje (23) , afirma, as dimensões devem ser bem maiores, considerando que a velocidade das águas é de dois a três quilômetros por hora.

O capitão da PMA (Polícia Militar Ambiental) Joilson Santa Ana está neste momento no local, avaliando a quantidade de óleo que havia dentro da embarcação e se houve mortandade de peixes e outros danos ambientais. Segundo ele, a empresa responsável, a Cinco & Bacia, teria tentado conter o vazamento sem sucesso. Agora a PMA vai montar relatório e exigir a colocação de bóias e sucção do óleo. Pela lei 9.605, que trata de crimes ambientais, o responsável pela embarcação pode pegar pena de prisão de 1 a 4 anos e multa de R$ 1 mil a R$ 50 milhões. O valor a ser arbitrado depende da extensão dos danos, se houve mortandade de animais e prejuízo à população. A princípio não haveria comprometimento do abastecimento da cidade, uma vez que o derramamento teria ocorrido abaixo da rede de captação. (Campo Grande News, 23/05)