Bahia começa dia 1º de junho sua coleta de resíduos de agrotóxicos
2005-05-24
A partir do dia 1º de junho, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) passa a realizar a coleta volante das embalagens vazias de agrotóxicos. A ação é parte integrante do Projeto Campo Limpo, que tem por objetivo retirar do campo embalagens vazias de defensivos agrícolas, evitando a contaminação de rios e solos por resíduos químicos.
A coleta volante será iniciada em Juazeiro e contará com a parceria da Associação do Comércio Agropecuário do Vale do São Francisco (Acavasf) e do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). Um dos alvos principais da coleta, segundo o diretor-geral da Adab, Luciano Figueiredo, é o pequeno produtor. –São produtores que se encontram, muitas vezes, em lugares de difícil acesso. Eles não possuem estrutura para devolver os recipientes às revendedoras ou às centrais, afirmou.
Segundo o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Cássio Peixoto, a coleta patrocinada pela instituição que, inicialmente será realizada em Juazeiro, irá se estender por todo o Estado. –Estamos iniciando a ação por Juazeiro, pois o município apresenta uma acentuada demanda na utilização de insumos e defensivos. –Além disso, contamos com o apoio da Acavasf, instituição disposta a fazer cumprir o decreto federal de número 4074, que dispõe sobre o recolhimento de embalagens, explicou Peixoto.
Atualmente, no Brasil, somente o estado do Paraná realiza a coleta volante. A Bahia, em 2004, ocupou a segunda colocação no ranking nacional do inpEV, recolhendo 97,7% dos vasilhames de agrotóxicos, perfazendo um total de 716 toneladas.
A central de recolhimento do município de Barreiras foi a segunda no país que mais recolheu recipientes vazios, num total de 629 toneladas. Ficou atrás apenas da central de Passo Fundo (RS), que recebeu um total de 703 toneladas.
Entre os meses de janeiro e abril deste ano, a Bahia já recolheu 231 toneladas, respondendo por cerca de 3,8% do total de embalagens recolhidas no país. São oito centrais baianas, instaladas em pontos estratégicos como Barreiras, Ilhéus/Itabuna, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Irecê, Feira de Santana, Bom Jesus da Lapa e Juazeiro/Petrolina. Cada uma delas com uma meta, estabelecida pelo inpEV. –A expectativa agora é que terminemos o ano na primeira colocação do ranking nacional, frisou Peixoto.
(Fonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente da Bahia, 20/5)