Os ambientalistas tiveram avanços e derrotas na última reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Moções, pedidos, intervenções, foram muitas as manifestações no prelúdio da Semana da Mata Atlântica, em Campos do Jordão, nos dias 18 e 19 de maio. Uma das ações mais festejadas foi o pedido para que o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, explique para o conselho a situação do Estado, onde a Floresta Amazônica foi mais devastada.

Depois de três anos de tramitação, o Conselho aprovou uma moção pedindo a aprovação do Projeto de Lei da Mata Atlântica, que já passou pela Câmara e agora aguarda votação no Senado. O representante do Vidágua no Conama, Rodrigo Agostinho, acredita que isso foi um grande passo, pois há muita resistência dentro do colegiado. — Se for aprovado o PL no Senado, há setores que querem rever o Código Florestal na Amazônia — aponta o advogado. Ele acha que essa moção foi aprovada porque — provavelmente setores não se articularam para a questão e também porque ficaria muito chato eles não a aprovarem na Semana da Mata Atlântica.

Agostinho destaca que o governo se empenhou mais com a moção do Projeto de Transposição do Rio São Francisco. Por 31 a 16, o pedido que dizia que o Conama demonstrava preocupação com a transposição foi derrubado graças à articulação do governo e a ausência de representantes da sociedade civil na platéia durante a votação. Todos os representantes do governo votaram em bloco contra a moção, que já tramitava havia mais de dois anos, com pedidos de vistas ou adiamento de votação. (fonte: Rede de ONGs da Mata Atlântica)