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2005-05-20
A bancada de sete deputados do PV decidiu nesta quinta-feira (19/05) deixar a base do governo e tornar-se independente. A gota dágua para o desligamento da base de sustentação do governo foi o índice de desmatamento na Amazônia anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente, o segundo maior da História.

O vice-líder do PV Edson Duarte (BA) disse que o partido está descontente com a política ambiental do governo Lula e citou entre os episódios de descontentamento a aprovação do projeto de biossegurança seguido da sanção presidencial; a concessão de licenciamento ambiental pelo Ibama para o início das obras de transposição do Rio São Francisco; e a suposta falta de transparência no programa nuclear.

- Há muito tempo o PV já estava insatisfeito com o governo Lula. Lamentamos pela ministra Marina Silva, que está isolada no governo. Não iremos para a oposição ao governo Lula, mas vamos ficar independentes - afirmou Edson Duarte.

Com relação à situção do ministro da Cultura, Gilberto Gil, o líder do PV na Câmara, Marcelo Ortiz (SP), disse que ele não é indicação do partido e que o convite nasceu de seu relacionamento direto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gil ainda não foi informado da decisão porque está no exterior. A bancada também não conseguiu falar com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, mas fez a comunicação ao líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Além de Edson Duarte e Marcelo Ortiz, fazem parte da bancada do PV os deputados Leonardo Matos (MG), Josino Cândido (SP), Fernando Gabeira (RJ), Sarney Filho (MA) e Vitório Mediolli (MG). Gabeira, na verdade, declarou na época de seu desligamento do PT, no final de 2003, que manteria uma relação de independência em relação ao governo. Na ocasião, o parlamentar ficou contrariado com a liberação do plantio de transgênicos.

O líder do partido, Marcelo Ortiz (SP), leu uma nota assinada pelos sete deputados na qual dizem que foram 28 meses de colaboração com o governo, em que ficaram à espera do cumprimento do programa ambiental, o que não ocorreu.

A nota cita entre os fatores do rompimento a liberação da importação de pneus usados; a legalização dos transgênicos; o projeto de transposição do Rio São Francisco; a política industrial equivocada no Pantanal; e recentemente o anúncio de que foram desmatados 26.130 quilômetros quadrados da Amazônia entre agosto de 2003 e agosto de 2004.

— O governo Lula, desprezando a colaboração da ministra Marina Silva, representa um retrocesso na política ambiental brasileira, diz a nota, que também cita a morte de 38 crianças indígenas em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e o projeto de construção da usina nuclear de Angra III.

- Via de regra também é uma posição de reforço à ministra Marina, que está completamente isolada, e um protesto pela forma como a política ambiental está sendo escanteada - disse Edson Duarte.

Além dos motivos citados na carta, o deputado Fernando Gabeira (RJ) disse que o partido quer ter a liberdade de apoiar iniciativas como a CPI dos Correios, ao contrário dos parlamentares que continuam na base aliada e que estariam empenhados em impedir a abertura da CPI. Na nota, o partido comunica seu apoio ao esforço de recuperação da imagem do Congresso, com a assinatura do requerimento para abertura da CPI. - Queremos apoiar a CPI dos Correios, como sempre fizemos em outros casos. Ao contrário dos que ainda estão hoje no governo, empenhados em evitar a CPI - disse Gabeira.

O líder do PV frisa ainda que esta é uma decisão da bancada e que o partido ainda se reúne nesta sexta-feira, em Minas Gerais, para discutir o afastamento do governo. Ortiz não descarta uma volta à base aliada, mas acredita que a decisão não será revista porque o governo não deve mudar o rumo de sua política ambiental. - Tivemos uma paciência de Jó. Foram 28 meses - disse Ortiz.(Globo online, 19/05)

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