(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-05-20
O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) aprovou a base de uma resolução que permite construções nas áreas que têm as mais rígidas normas de preservação ambiental. O texto-base da resolução permite a intervenção em áreas de preservação permanente (APP) para obras de saneamento e infra-estrutura em favelas existentes ou para a mineração. A aprovação, polêmica, chega após três anos de debate. As APPs incluem topos de morros, entornos de nascentes e margens de rios. A permissão para intervenções de mineração, mais controversa, deverá ocorrer só em caso de necessidade comprovada de exploração e falta de outra alternativa.

Já no caso das favelas, a medida valerá para a regularização das comunidades e inclui ocupações de população de baixa renda, desde que já estabelecidas em APPs. A decisão do Conama foi tomada em encontro ontem (18/05), em Campos do Jordão (SP), onde ocorrem os principais festejos da Semana da Mata Atlântica. O texto-base da resolução foi aprovado por consenso. As emendas ao texto-base poderiam ser apresentadas até o meio-dia de ontem (19/05). No próximo encontro do órgão - que tem representantes de ONGs, empresas e governos-, no dia 14 de junho, os mesmos conselheiros que aprovaram a proposta deverão analisar as emendas à resolução. Depois da votação, ela será publicada e entrará em vigor.

Ressalvas
O representante das entidades ambientais do Sudeste no Conama, Rodrigo Agostinho, vê com ressalvas a regularização das invasões em locais como as represas Billings e Guarapiranga (em São Paulo) ou a serra do Mar. Segundo ele, podem ocorrer mudanças significativas em áreas que devem ser protegidas, como a mata atlântica (parte do pouco que dela restou está em topos de morros e encostas das serras). Ele também teme que o desmatamento seja facilitado ou agilizado.

Para Claudio Langone, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, é melhor trabalhar as áreas já ocupadas e implantar infra-estrutura, como rede de esgoto, a deixá-las como estão. – O texto reflete uma negociação em que todo mundo cedeu. De acordo com ele, era importante que o Conama decidisse sobre as APPs e não deixasse a questão ser resolvida pelo Congresso, que sofre muitas pressões.

Segundo o diretor do Conama, Nilo Diniz, a resolução permite melhorar a situação de ocupações urbanas inclusive em relação à saúde da população que mora nessas áreas e que não tem acesso ao saneamento básico.

Mineração
As atividades de mineração em áreas de preservação permanente poderão ser liberadas a partir da resolução desde que as empresas comprovem a necessidade de exploração e a falta de outra alternativa. Elas deverão apresentar também um estudo de impacto ambiental da intervenção.

Para o representante nacional das ONGs (organizações não-governamentais) no Conama, André Lima, existe um desafio muito grande que é tentar encontrar um equilíbrio entre a importância da mineração e a preservação da produção de água.

O representante do Ministério de Minas e Energia no conselho, José Carlos Costa, afirmou que seria ideal a aprovação da resolução da forma como está, sem alterações por emendas. – Dentro de vários interesses, essa redação é a melhor possível, afirmou. Ele disse que o ministério se preocupa com as emendas, que podem ameaçar a estrutura que já foi negociada amplamente. – Se a mineração for proibida, há uma paralisação do país. A atividade é essencial para o desenvolvimento do Brasil, disse. Ele citou como exemplo da importância da mineração a construção de casas, que depende de areia e da brita que vêm do minério de ferro, além do aço das canetas e dos veículos. (FSP 19/05)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -