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2005-05-20
A estimativa de desmatamento na Amazônia para o período 2003-2004 ficou em 26.130 km2, o que representa um crescimento de 6,23% em relação ao consolidado anterior. É o segundo maior número desde que o monitoramento começou a ser feito, em 1988. Fica atrás apenas do período 1994-1995, quando foram devastados 29.059 km2.

A taxa de crescimento do último biênio também é bem maior do que a expectativa do governo, que estava em 2%. Segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério do Meio Ambiente, a área devastada supera, inclusive, o período 2002-2003, até então o segundo maior da série histórica. Ao divulgar a área confirmada de 2002-2003, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) também anunciou uma alta: passou da estimativa de 23.750 km2 para os 24.597 km2.

Chamando o último aumento da área desflorestada da Amazônia de indesejável, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) citou o crescimento econômico de 2004 como um dos fatores que ajudam a impulsionar o problema e disse que as medidas do Plano de Controle e Prevenção ao Desmatamento, adotado no ano passado, ainda não começaram a ser percebidas integralmente.

Dos oito Estados monitorados, seis apresentaram queda na taxa de desmatamento. Apenas Mato Grosso e Rondônia continuam com o índice subindo. A expansão da área agrícola, principalmente soja, ainda é um dos fatores que contribuem para a alta. O município com maior aumento de devastação de área, em número absoluto, foi Aripuanã (MT).

– Não queremos justificar o número, que ainda continua alto. Queremos que ele caia. Mas houve o crescimento econômico de 5% e não podemos esquecer que a taxa de aumento do desmatamento chegou a 27% [em 2001-2002, comparado ao anterior], disse Marina, após quase seis horas de reunião com técnicos e os colegas Ciro Gomes (Integração Nacional) e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) para apresentar o balanço, fechado na véspera pelo Inpe.

– O que importa é que o crescimento é sistemático quando deveria ser declinante, porque há menos floresta para derrubar, disse o economista ambiental Carlos Young, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pelos cálculos preliminares do Inpe, a devastação da Amazônia já atinge uma área de aproximadamente 680 mil km2, o que é maior, por exemplo, que os territórios da França e de Portugal. Representa cerca de 18% do total da área de floresta monitorado por meio das imagens de satélite. Por outro lado, o estoque de floresta primária ainda em pé é de 82% na região.

Comparações
O ministro Ciro Gomes comparou o ritmo de desflorestamento à velocidade de um carro. – Estamos inquietos com o número estimado, entretanto temos de ter clareza da questão. Tínhamos um carro correndo a 27 km/h e precisamos reduzir. Isso não se faz do dia para a noite. Chegamos a 6 km/h e continuamos nos esforçando.

Ciro Gomes também lembrou que o Inpe ampliou o número de imagens usadas para aumentar a precisão - de 75 para 103. Marina lembrou a série de ações que o governo vem adotando no plano de controle e os resultados obtidos, como aumento nas infrações cadastradas, maior apreensão de madeira ilegal e instalação das bases de operação do Ibama em conjunto com Polícia Federal, Rodoviária, Exército e Ministério do Trabalho. Ao citar o novo sistema para tornar disponíveis imagens on-line, o chamado Deter, Marina disse que essa é uma ação para integrar a sociedade. – Não podemos cantar em verso e prosa a preservação da Amazônia se não criarmos também uma cultura de preservação.

Para Nurit Bensusan, coordenadora de políticas públicas da ONG WWF-Brasil, os dados não surpreenderam e já demonstram a ineficácia do novo plano de combate ao desmatamento engendrado pelo governo. – O que ficou mais claro é a total ineficiência do plano. Essa coisa de grupo interministerial, nada funcionou, disse. Para Bensusan, há uma disputa dentro do governo, com políticas contraditórias, – e, até agora, está claro que o MMA está perdendo. Nas ações que o ministério pode fazer sozinho, está se saindo bem, mas isso não está sendo suficiente. (FSP 19/05)

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