Empresa britânica diz poder viabilizar comercialmente célula de combustível
2005-05-20
Uma pequena empresa britânica informou ontem (19/5) que está prestes a descobrir o vasto potencial da célula de combustível como fonte comercialmente viável de energia renovável. Este tipo de tecnologia, embora venha sendo desenvolvido em vários países e por diferentes companhias, inclusive por consórcios de empresas que atuam com combustíveis tradicionais, caracteriza-se por esbarrar sempre na viabilidade de escala comercial. Um dos problemas apontados pelos pesquisadores é a autonomia dos carros movidos a células de combustível, limitada por questões de armazenamento.
Os pesquisadores, da CMR Fuel Cells, com sede em Cambridge, informaram que a descoberta trata-se de um novo design de célula de combustível, cujo tamanho é de um décimo dos modelos existentes, pequena o suficiente para substituir baterias convencionais de computadores do tipo laptop.
–Acreditamos firmemente que a tecnologia da CRM é equivalente à de jump de transístores de circuitos integrados, afirma John Halfpenny, diretor-executivo da empresa.
Durante muitos anos, as células de combustível vêm sendo referidas como a próxima fonte de enegria renovável. Elas produzem eletricidade por meio de uma reação química e emitem pequenas quantidades de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa, culado por muitos cientistas pelo aquecimento global. Mas usinas a carvão produzem bem mais dióxido de carbono.
O problema do desenvolvimento das células de combustível são os elevados custos e dúvidas sobre a disponibilidade do combustível – geralmente, o hidrogênio. Conforme a CRM, o novo design da célula permitiria que ela durasse umas quatro vezes mais do que as baterias convencionais do laptop ou outras ferramentas poderosas.
–Também é instantaneamente recarregável, diz Michael Priestnall, líder de tecnologia da CMR. Priestnall e o engenheiro Michael Evans, da mesma empresa, desenvolveram o design trabalhando com consultores da Generics Group, de Cambridge.
Segundo Evans, o design, inicialmente projetado para utilizar o metanol, foi baseado em um novo tipo de combustível de pilha, misturando ar e combustível. Até agora, as pilhas existentes separavam completamente ambos.
Halfpenny disse que a CMR estava mantendo conversações para possíveis demonstrações da tecnologia ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
A CRM é uma empresa joint venture que inclui entre seus acionistas Shell Hydrogen, Johnson Matthey, Mitsubishi, Danfoss e Solvay.
(Fonte: PlanetArk, 20/5)