Nova lei do gás natural não freia protestos na Bolívia
2005-05-19
-A nova lei dos hidrocarbonetos promulgada na terça-feira (17/5) pelo Congresso não conseguiu aplacar a crise social, e os protestos continuaram, ontem (18/5), nas ruas de La Paz.
No entanto, setores sindicais e empresariais receberam ontem (18/5) com críticas e ceticismo o plabo econômico e social que o presidente Carlos Mesa apresentou ao país para tentar reverter a crise que enfrenta o país.
Apesar disto, os protestos de rua reduziram-se ontem em alguns pontos da capital, e juntas de vzinhanças da cidade deEl Alto anunciaram que vão continuar suas pressões sobre o governo, ameaçando com uma greve. –É o único instrumento de luta que temos: sair às ruas, pois a lei que legaliza os contratos com as petroleiras são ilegais, disse o líder comunutárioRoberto de la Cruz.
Centenas de mineiros mantêm fechadas ruas em La Paz, Oruro, Potosí e Cochabamba por demandas setoriais que agregaram à questão da nacionalização dos hidrocarbonetos e ao fechamento do Congresso, mas o governo mantém negociações com o setor em protestos.
A pesar da mudança nas regras do jogo, as empresas petroleiras que operam na Bolívia anunciaram que vão sair do país, congelando seus investimentos. –Consideramos que esta lei tem um caráter confiscatório que afeta direitos reconhecidos em contratos, nas leis, na Constituição e em convenções internacionais, assinala um comunicado da Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos. (Clarín, 18/5)