Capitão do Rainbow Warrior condenado a seis meses de prisão
2005-05-18
O Tribunal Penal número 1 de Cádiz, na Espanha, absolveu nesta segunda-feira (16/5) três ecologistas da Greenpeace que foram julgados por um protesto contra a Guerra dos Estados Unidos contra o Iraque. Ao mesmo tempo, a corte condenou a seis meses de prisão o capitão do navio Rainbow Warrior, da ONG, por desobediência grave. Além disto, os juízes impuseram uma multa a outro ativista que participou da manifestação, em março de 2003.
Segundo a Greenpeace, os cinco ativistas foram julgados a partir de 10 de maio deste ano, em Cádiz, por um protesto pacífico contra o conflito no Iraque, realizado em frente à Base Naval de Rota (Cádiz).
O Ministério Fiscal requereu quatro anos de prisão para o capitão do Rainbow Warrior, Daniel Rizzotti, por delitos de desobediência, resistência grave e lesões; três anos de prisão para Carlos Bravos e Phillip Walter Lloyd, por delitos de resistência grave e lesões; e nove meses para os ativistas Lawrence Martin e María Teresa Ambrós, por delitos de desobediência.
A organização ecologista considerou positivo o resultado do julgamento, mostrando contentamento com a decisão do tribunal. Comunicou que está avaliando neste momento, que ações deverá adotar, sendo uma delas a possibilidade de recorrer à condenação de Rizzotti.
–A sentença ajusta-se muito mais aos fatos do que à acusação desproporcional e abusiva da Fiscalização, declarou Juan López de Uralde, diretor-executivo da Greenpeace na Espanha. –Esta sentença encerra uma etapa negra marcada pela tentativa de silenciar o Greenpeace e suas campanhas. De alguma maneira, nos sentimos forçados a esta sentença, que reconhece o trabalho incomensurável da nossa organização, acrescentou.
(El Mundo, 17/5)