O parque eólico que começa a ser construído a partir de 1º de julho em Osório, no litoral norte do Rio Grande do Sul ganhou um terceiro sócio: a empresa alemã Wöbben, fabricante de aerogeradores (turbinas eólicas). Ela une-se à brasileira Enerfin e à espanhola Elecnor no empreendimento de US$ 230 milhões. A informação foi confirmada pelo presidente da Enerfin, Telmo Magadan, ao secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andrés. A empresa possui uma fábrica em Sorocaba (SP) e vai instalar uma unidade de montagem das torres de concreto e dos aerogeradores em Osório.

O governador Germano Rigotto recebeu ontem (17/05) uma comitiva empresarial espanhola no Palácio Piratini. Guilhermo Planas, diretor geral da Elecnor, Angel Lópes-Corona Davila, diretor do banco Caixa Nova, e José Luis Losada, diretor do banco Gallego, anunciaram a liberação de US$ 50 milhões para o início das obras do parque eólico de Osório, que terá 150 MW de potência instalada. A previsão é de que a geração de 417 GWh/ano de energia inicie no primeiro semestre de 2007.

O projeto faz parte do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) da Eletrobrás, que garante a compra da energia produzida por 20 anos. O prazo de conclusão do parque eólico é dezembro de 2006. — Para cumprir o cronograma estabelecido, será montada uma torre de 98 metros de altura por semana, revela Andres. No total, serão erguidos 75 aerogeradores de 2 MW de potência cada um. Quando as obras estiverem prontas, os cataventos gigantes poderão ser vistos à direita da freeway, na chegada a Osório, no sentido Porto Alegre/Litoral.

— O consórcio Elecnor/Enerfin vai aplicar US$ 230 milhões em Osório, naquele que será o segundo maior parque eólico do mundo e o maior da América Latina, destaca Magadan. — Isso equivale aos investimentos de ampliação da GM (General Motors), de US$ 240 milhões, e da John Deere, que totaliza US$ 250 milhões, compara Andres. — Osório tirou na loteria quando foi escolhido para implantação do maior parque eólico da América Latina na cidade, diz Andres.

Outros parques
Outros dois parques eólicos serão instalados no Rio Grande do Sul. Um em Tramandaí, pela empresa Elebrás/Innovent, com capacidade de 70 MW, e outro em Palmares do Sul, de 7,56 MW, também da Elecnor/Enerfin.