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2005-05-18
A construção do maior parque eólico da América Latina e o segundo maior do mundo teve a liberação de US$ 50 milhões para o início das obras em Osório, no litoral do Rio Grande do Sul.

A execução do projeto cumprirá três etapas: o primeiro sítio (Osório) será entregue até maio de 2006; o segundo (Sangradouro) até agosto; e o terceiro (Índios) até outubro do próximo ano. Cada um dos sítios terá 25 aerogeradores de 2 Megawatts (MW) cada um, totalizando um parque eólico de 150 MW de capacidade instalada. O cronograma a ser cumprido pelo consórcio de empresa Elecnor (espanhola), Enerfin (brasileira) e Wöbben (subsidiária brasileira da alemã Enercon), que reunidas formam a Ventos do Sul Energia S.A., foi revelado nesta terça-feira (17), no Palácio Piratini, ao governador Germano Rigotto, pelo diretor geral da Elecnor, Guilhermo Planas. Participaram também da audiência os secretários de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luiz Roberto Ponte, o diretor do banco Caixa Nova, Angel Lópes-Corona Davila, o diretor do banco Gallego, José Luis Losada, o diretor geral da Wöbben, Pedro Ângelo Vial, e o presidente da Enerfin, Telmo Magadan.

O investimento total será de US$ 215 milhões, com 70% do valor financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Wöbben, que será responsável pela construção do empreendimento, detém 9% do projeto. Os outros 91% são da Elecnor/Enerfin. O governador Rigotto, juntamente com os secretário Ponte e Andres, entregou um pedido oficial ao diretor Planas solicitando prioridade na contratação de empresas e de mão-de-obra gaúchas. O empresário espanhol disse que a contratação de pessoas que irão trabalhar no canteiro de obras será feita de forma terceirizada, devendo totalizar até 500 vagas durante a construção do projeto. A construtora Ernesto Woebcke, com fábrica em Gravataí, será a responsável pela montagem das torres de 98 metros de altura. Cerca de 150 vagas serão abertas no município para a realização deste serviço.

Atualmente em fase de levantamento topográfico, o parque eólico terá o início das obras civis em julho. Na semana passada, começou a sondagem de cada ponto onde serão instalados os 75 aerogeradores – cujos modelos são um dos mais modernos do mundo. — A construção das primeiras usinas eólicas no Rio Grande do Sul faz parte do nosso projeto de diversificar a matriz energética gaúcha, fomentar a economia local e regional e tornar o Estado auto-suficiente na produção de energia elétrica, afirmou o governador. Quando as obras estiverem prontas, os cataventos gigantes poderão ser vistos à direita da freeway, na chegada a Osório, no sentido Porto Alegre/Litoral. — Osório, que já é conhecida como a capital dos ventos, agora terá sua fama comprovada, comentou o secretário Andres.

Números
O presidente da Enerfin, Telmo Magadan, disse que as fundações que receberão os aerogeradores terão de 20 a 30 metros de profundidade, com volume na ordem de 600 metros cúbicos de concreto e 30 toneladas de ferro. As turbinas eólicas e as pás dos aerogeradores, de 35 metros de comprimento, virão de Sorocaba (SP), sede da fábrica da Wöbben no Brasil, numa operação complexa de transporte marítimo e terrestre. Para cumprir o cronograma de entrega da obra, com prazo previsto para dezembro de 2006, deverá ser erguida uma torre por semana a partir de julho.

Um guindaste de 650 toneladas – indisponível hoje no mercado gaúcho – está sendo providenciado. — Estes cataventos gigantes irão se tornar atração turística do nosso litoral, falou Andres. Até o final do ano, de 10 a 15 aerogeradores já estarão em pé em Osório. A produção estimada de 417 GWh/ano de energia deve começar a partir do primeiro semestre de 2007.

Andres ainda destacou o potencial dos ventos gaúchos. Os parques eólicos no Estado possuem fator de capacidade (percentual de utilização real dos ventos) em torno de 35%. Os parques eólicos da Alemanha, por exemplo, possuem fator de capacidade ao redor de 40%. Rigotto ressaltou o máximo cuidado ambiental do projeto. — Não conheço lugar no Brasil que tenha feito uma análise do impacto ambiental tão criteriosa quanto nós fizemos, disse. As três unidades Osório, Osório Sangradouro e Osório Índios possuem dois corredores entre eles para a migração de aves.

Subsídio
O parque eólico de Osório faz parte do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) da Eletrobrás, que garante a compra da energia produzida por 20 anos. Atualmente, o Brasil possui apenas 20,3 MW de usinas eólicas. O Proinfa pretende aumentar a participação da energia que vem dos ventos para 1.100 MW em todo o país. O Rio Grande do Sul é o 2º estado que mais habilitou projetos no Proinfa, com 20% do total. Em primeiro lugar ficou o Ceará, com 26%. Segundo Magadan, o contrato com a Eletrobrás, com preços de março de 2004, prevê o pagamento de R$ 204,00 por MW/h.

Outros parques
Outros dois parques eólicos serão instalados no Rio Grande do Sul. Um em Tramandaí, pela empresa Elebrás/Innovent, com capacidade de 70 MW, e outro em Palmares do Sul, de 7,56 MW, também da Elecnor/Enerfin. — A instalação de parques eólicos no Estado contribui para uma maior descentralização da geração de energia, complementando a matriz energética gaúcha, e ainda movimenta a economia, com a geração de empregos diretos e indiretos e retorno de royalties e impostos aos municípios, frisa Andres.

PARQUES EÓLICOS QUE SERÃO CONSTRUÍDOS NO RS

- Elecnor/Enerfin/Wöbben: 150 MW, três parques eólicos em Osório – US$ 230 milhões
- Elebrás/Innovent: 70 MW, em Tramandaí – US$ 91 milhões
- Elecnor/Enerfin: 7,56 MW, em Palmares do Sul – US$ 10 milhões. (Assessoria de Imprensa da Secretaria de Minas e Energia, 17/5)

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