A empresa de distribuição de gás natural na capital norte-americana, Washington Gas, está examinando se o misterioso vazamento do produto, que vem sendo registrado no subsolo, nas suas principais linhas de serviço, no condado de Príncipe George, tem sido causado por mudanças no abastecimento. A freqüência dos vazamentos começou a ficar visível no final de 2003, logo depois que a companhia começou a oferecer ao condado produto importado, ou seja, gás natural líquido revaporizado, abastecido por Dominion Cove Point, no condado de Calvert. Os vazamentos foram controlados durante o verão, mas surgiram novamente neste inverno.

A Comissão de Serviço Público de Maryland abriu um inquérito, no mês passado, para apurar as causas dos vazamentos, depois que uma cada explodiu no Distrito de Heights, em março passado. OS moradores queixaram-se de forte cheiro de gás antes da explosão.

A Washington Gas, que serve quase 1 milhão de consumidores na região, infrmou aos órgãos reguladores do Estado, no mês passado, que havia cerca de 1,4 mil vazamentos ativos dentro de uma área de 100 milhas quadradas em Príncipe George. A companhia informou que, até a semana passada, foram reparados 300.

OS vazamentos não são considerados perigosos, segundo trabalhadores da empresa, porque o vapor permanece no subsolo e não migra para o interior das casas ou construções. Eles atribuem o problema a defeitos de vedação nos acoplamentos mecânicos que ligam as seções do subsolo, onde fica a distribuição principal, e as linhas de serviço. No entanto, a empresa não tem conseguido explicar muito bem as falhas aos consumidores.

Exceto por um breve período, no final dos anos 70, a companhia serviu os consumidores de Príncipe George com gás natural doméstico proveniente de dutos interestaduais de Colúmbia, Transco e Dominion. Em agosto de 2003, passou a utilizar gás importado de Dominion Cove Point, planta de recepção de gás natural líquido congelado. (Washington Post, 17/5)