Reflorestamento vira opção para pequenos proprietários
2005-05-17
Dos US$ 7 bilhões que o ramo madeireiro do Brasil exportou no ano passado, Santa Catarina contribuiu com US$ 1,174 bilhão, ficando atrás só do Paraná que somou US$ 1,447 bilhão. Em percentuais, o setor de móveis foi o principal responsável pela boa performance catarinense. Com exportação de US$ 441,084 milhões, que equivale a 54% dos móveis nacionais colocados no mercado externo, o Estado consolidou liderança absoluta no segmento.
Com área cultivada de 550 mil hectares, que corresponde a 1,6% do território catarinense, por enquanto o setor de florestas plantadas é dominado por grandes grupos madeireiros, que detém 84% das reservas do Estado. O mapa deverá apresentar modificações a médio prazo, tendo em vista que a inclusão de pequenos proprietários no ramo de florestamentos está aumentando em diversas regiões do Estado, como Joinville.
Atraídos pelas perspectivas de bons negócios, produtores estão transformando pastagens e áreas de lavouras em plantações de mudas de árvores, principalmente de eucaliptos. O município de conta no momento com cerca de 3.500 hectares de florestamentos, distribuídos em mil pequenos projetos, a maioria com 10 mil árvores. Essa nova realidade estimulou até o surgimento de empresas especializadas em produção e plantio de mudas, e de elaboração de projetos técnicos. Na opinião do engenheiro florestal Amilcar Pelaez, presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Santa Catarina, o novo que está se verificando em pequenas propriedades é fator positivo. Ao reforçar a importância de se investir em novas florestas, Pelaez destaca que o setor madeireiro do Brasil vem registrado tamanha evolução que dentro de cinco anos será preciso importar da Argentina e do Chile grande quantidade de matéria prima para atender as necessidades das indústrias exportadoras do País.(Página Rural, 16/05)