Óleo em Angra: mais 4 dias para limpar mangues
2005-05-17
Pelo menos uma área de 20 mil metros quadrados do Rio Jacuecanga e manguezais continuavam ontem poluídos pelo vazamento de 145 mil litros de óleo de um terminal da Petrobras em Angra dos Reis, ocorrido na noite de sexta-feira devido a uma falha no sistema de bombeamento de tanques. O trabalho de contenção e remoção do óleo, feito por uma equipe da Petrobras, deverá levar mais quatro dias. No entanto, os danos à flora e à fauna só serão conhecidos a médio prazo. A Defesa Civil municipal manteve equipes de prontidão no fim de semana, mas não foi convocada pela Petrobras.
Óleo prejudicará a desova de peixes e caranguejos
Segundo o coordenador da ONG Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê), Ivan Marcelo, a limpeza está sendo feita superficialmente sobre a lama nas margens do rio, com sucção do óleo na água. Devido às dificuldades, os trabalhadores ainda não conseguiram entrar nos manguezais, cobertos pela mancha.
— Eles (Petrobras) garantem que a situação está sob controle, mas os manguezais e os costões continuam com uma camada de óleo — disse Ivan Marcelo, que de manhã teve autorização para entrar na área do acidente.
Até ontem não se observaram peixes e crustáceos mortos. No entanto, o vazamento prejudicará a desova de peixes e caranguejos, abundantes nos mangues, afirmou o coordenador da Sapê. Uma equipe de biólogos marítimos da Uerj irá a Angra avaliar os danos causados pelo vazamento. (O Globo 16/05)
Petrobras será multada por vazamento de óleo em Angra dos Reis
A Comissão Estadual de Controle Ambiental ainda vai calcular a multa a ser aplicada à Petrobras, pelo vazamento de cerca de 145 litros de óleo de um terminal em Angra dos Reis (RJ). O acidente ocorreu na noite de sexta-feira e contaminou o rio Jacuacanga, devido a um defeito em um tanque de separação de óleo e água.
Em nota à imprensa, a Petrobras informa que as equipes do Terminal Aquaviário retiraram todo o óleo e que será constituído grupo de trabalho para apurar as causas do vazamento. A Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema) está preparando laudo que servirá de base para o cálculo da multa. (Agência Brasil, 16/5)