O Ministério Público Federal, visando esclarecer sua preocupação ao solicitar complementação do EIA/Rima do Projeto Bujuru, informou que a equipe multidisciplinar de analistas periciais da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF aponta pelo menos 50 deficiências nestes estudos. Estas deficiências vão muito além dos aspectos relativos às aves migratórias e a complementação é indispensável para a verificação da viabilidade sócio-ambiental do Projeto Bujuru. Os técnicos periciais dizem que embora o EIA/Rima do complexo mineiro destaque o cumprimento da legislação ambiental como pré-requisito para definição das áreas a serem mineradas, alguns trechos indicam claramente a intenção de minerar também áreas de preservação permanente, tais como margens de córregos e sangradouros, banhados, ainda que temporários, campos arenosos úmidos e dunas vegetadas. Representantes de unidades e setores da indústria gaúcha estiveram ontem na Fiergs fazendo a apresentação do projeto e pedindo o apoio da entidade. O Ibama já deifniu as datas de audiências públicas que irão discutir o Projeto Bujuru. Elas ocorrerão no dia 3 de outubro em São José do Norte e dia 4 em Rio Grande - quase um ano após as datas marcadas pela Smam. (Jornal Agora-4/9, JC/8, GM-RS/1)