A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meio de convênio com a Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM), está elaborando o mapa hidrogeológico do Rio Grande do Sul, previsto para ser concluído no mês de agosto. O investimento é de R$ 1,45 milhão, sendo R$ 700 mil do governo do Estado, por meio do Fundo de Recursos Hídricos, e R$ 750 mil pela contrapartida da CPRM. O objetivo do mapa é caracterizar os sistemas aqüíferos existentes no Estado, em termos de qualidade e quantidade das águas subterrâneas, e auxiliar no gerenciamento qualificado dos recursos hídricos. O trabalho também inclui o inventário de poços tubulares existentes no território gaúcho.

Até o momento, foram constatados 3.267 poços perfurados em 121 municípios, na faixa central do Estado, indo de Porto Alegre a Uruguaiana. As outorgas concedidas pelo DRH/Sema não atingem 1% do número de poços perfurados no RS, ou seja, a grande maioria deles é feita de forma clandestina. Com o trabalho concluído, o resultado constará do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (Siagas). De acordo com o superintendente regional de Porto Alegre da CPRM, Irineu Capeletti, esse é o banco de dados de águas subterrâneas oficial do Brasil, cujo modelo já está sendo adotado por países como o Canadá e a África do Sul. (CP, 16/05)