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2005-05-16
Resumo: O engenheiro agrônomo Cláudio Luiz Dias, gerente do Setor de Solos e Águas Subterrâneas da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB, defendeu no último dia 29 de abril, no Salão Nobre do Instituto de Geociências da Universidade São Paulo - USP, a tese intitulada “Critérios para Projeto de Rede de Monitoramento de Águas Subterrâneas - Proposta de Implantação na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, SP”, obtendo o titulo de Mestre em Hidrogeologia.

A comissão julgadora foi composta pelos professores Dorothy Carmen Pinatti Casarini, gerente da Divisão de Qualidade de Solo, Água Subterrânea e Vegetação da CETESB, que além de orientar a elaboração da tese, presidiu a banca, Chang Hung Kiang, do Instituto de Geociências da Universidade do Estado de São Paulo - UNESP, de Rio Claro, Ricardo César Aoki Hirata, do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental do Instituto de Geociências da USP. Em sua dissertação, o engenheiro procedeu a uma revisão dos critérios internacionais de projeto, implantação e operação de redes regionais, avaliando, como ferramenta de gestão do recurso hídrico, o sistema de monitoramento de qualidade das águas subterrâneas adotado no Estado de São Paulo.

Para sua realização, foram selecionados critérios de dimensionamento de rede de monitoramento, de controle de qualidade, de técnicas de amostragem e de interpretações estatísticas, ressaltando a necessidade de integração entre os órgãos gestores dos recursos hídricos envolvidos.
Cláudio explicou que, em uma rede de monitoramento, os pontos de amostragem devem ser uniformemente distribuídos nos corpos hídricos subterrâneos, priorizados em função da vulnerabilidade natural, das fontes de poluição e risco de superexplotação.

Mencionou que os parâmetros de qualidade, determinados semestralmente, foram selecionados com base na Portaria MS 518/04. Com relação ao volume, os parâmetros de monitoramento, efetuado mensalmente, baseiam-se nas características hidraulicas dos aqüíferos e sua interação no ciclo hidrológico. Já o monitoramento contínuo depende de disponibilidade de recursos financeiros.

“O trabalho desenvolvido na rede de monitoramento da CETESB é que me inspirou a elaborar essa dissertação, apontando novos critérios de distribuição espacial dos pontos de coleta para obtermos a melhor interpretação estatística dos resultados de qualidade e de quantidade, nos moldes das sistemáticas adotadas nos países da Comunidade Européia”, disse lembrando que, até o presente, não existe nenhum trabalho acadêmico sobre o tema.

E acrescentou: “O planejamento dessas ações é centralizado nos órgãos gestores, mas é imprescindível a integração entre os vários órgãos estaduais e municipais, devendo envolver também as entidades como os comitês de bacia hidrográfica para que todos os objetivos sejam alcançados e para que haja a maximização dos recursos humanos e financeiros disponíveis”.

O trabalho inclui, também, uma proposta de projeto de monitoramento para a Bacia do Alto Tietê, considerada prioritária em função da concentração de áreas contaminadas conhecidas e do consumo crescente de água subterrânea, incluindo as águas minerais, em que o engenheiro aponta a necessidade de que a seleção dos pontos de amostragem seja realizada por um comitê representativo das diferentes entidades interessadas.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP).
Autor: Cláudio Luiz Dias.
Contato: Instituto de Geociências.

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