Ibama proíbe leilão de madeira e material apreendido será doado
2005-05-12
Os tradicionais leilões de madeira e carvão, realizados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na Paraíba estão proibidos. A madeira apreendida pelo órgão era utilizada para fazer fogueiras no mês de junho e o carvão usado por residências e padarias. O diretor regional do Ibama, em Campina Grande, Marcos Ribeiro, revelou que a proibição é uma imposição da nova Lei Ambiental.
Diante disto, os 11 lotes de madeira e carvão, que seriam leiloados, vão ser doados. Seis lotes irão para o Presídio do Serrotão de Campina Grande e cinco para o Campus da Universidade Federal da Paraíba, em Bananeiras. De acordo com a legislação, a entidade envia um ofício ao Ibama, solicitando o material apreendido e explicando a razão do seu uso. – Após o parecer da procuradoria, nós fazemos a doação, esclareceu Ribeiro.
No que tange às fogueiras, Marcos Ribeiro revelou que os vendedores de madeira terão de se cadastrar para vendê-las à população. Entretanto, está proibida a venda de lenha nativa, a exemplo de aroeira, baraúna, marmeleiro e pau-brasil, dentre outras. – Pode-se vender algaroba que está liberada pela legislação e pode ser utilizada muito bem em fogueiras, frisou.
Além da fiscalização na cidade, o diretor do Ibama ressaltou que haverá fiscalização nos postos da Polícia Rodoviária Federal e nas estradas vicinais. O motorista com carga de madeira terá de apresentar no posto a autorização de transporte florestal. – Quem não apresentar a autorização a carga será apreendida e o motorista multado, respondendo por crime ambiental, avisou Marcos.
A lenha apreendida será conduzida para sede regional do Ibama, em Campina Grande, localizada no Serrotão, às margens da BR-230. Em seguida, ficará à espera de um pedido de doação para ser retirada do local. Neste período que antecede ao São João, a fiscalização será intensificada. (Jornal da Paraíba 11/05)