Tietê, o rio de várias faces
2005-05-10
Tietê, o rio de várias faces, é o nome da exposição que o Sesc Piracicaba recebe de 04 a 23 de maio, com o objetivo de chamar a atenção dos paulistas para a história, a geografia, o meio ambiente e a importância do maior rio do Estado de São Paulo.
A iniciativa tem o apoio da Lei Federal de incentivo á Cultura e envolve um apoio para as escolas da região estudarem o tema em sala de aula. São 24 painéis de 1,85 x 0,90 cm, contendo 73 fotos das várias faces do rio. Da sua nascente, na Serra do Mar, município de Salesópolis, até a foz, no rio Paraná, município de Itapura. Nesse intervalo, o rio atravessa 1.100 quilômetros do Estado de São Paulo, praticamente cortando-o ao meio. Por sua posição estratégica, o Tietê foi usado pelos bandeirantes para alcançar o interior na sua busca por índios. No caminho, esses primeiros desbravadores fundaram vilas que mais tarde se tornaram grandes centros e hoje aproveitam seu passado glorioso, cultura e arquitetura colonial para o turismo.
O Tietê também favoreceu a ocupação voltada para a agricultura, primeiro da cana-de-açúcar, depois do café e hoje da policultura. Foi o meio de transporte de expedições históricas, como da Sociedade Geográfica Brasileira, e caminho de naturalistas como o barão de Langsdorff e Auguste Saint Hilaire. Hoje, faz parte da hidrovia Tietê-Paraná, recebendo, na época das colheitas, barcaças de mercadorias que fazem a ligação de São Paulo com os Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Paraná.
Graças a sua topografia, o rio também contribuiu para fornecer energia para o Estado. Nada menos que onze usinas funcionam em suas barragens, muitas delas com eclusas, uma espécie de elevador de água que faz a alegria dos turistas que visitam Barra Bonita, cidade nas suas margens. Por outro lado, ao passar pela região metropolitana de São Paulo, o rio recebe ainda hoje uma alta taxa de sujeira e poluição, que suas águas levam para cidades próximas.
O Programa de Recuperação do Rio Tietê, do governo do Estado, agora em sua segunda fase, tenta resolver esse problema. Mas o rio nunca mais será o que foi no começo do século 20, quando nadadores e remadores disputavam competições e clubes esportivos fixaram-se em suas margens. Tudo isso o visitante vai ver nessa exposição fotográfica, de 23 de março a 24 de abril em São Paulo. www.horizontegeografico.com.br/tiete