Direção diz que já está salvando a Coolméia
2005-05-10
Por Guilherme Kolling
O presidente da Coolméia, João Carlos Mendonça, iniciou seu mandato na segunda metade de 2003 e ocupa o posto até o ano que vem. Ingressou na cooperativa em 2000 como prestador de serviço da área técnica. “Vim para a automação e informatização”, explica.
Ele diz que assumiu a Coolméia em uma crise financeira. “O primeiro trabalho foi resgatar dívidas. Agora entramos numa fase de reestruturação”, diz Mendonça. Ele ignora dívidas trabalhistas – diz que a cooperativa sofreu meia dúzia de reclamatórias e não perdeu uma – admite o problema dos impostos, mas prefere olhar para frente. “Já estamos trabalhando para salvar a Coolméia”.
Entre as ações citadas, a redução dos sócios-operacionais para 17 pessoas, uma parceria com a Cootrimaio, que além de fornecer produtos vai auxiliar na reconstrução da cooperativa – “eles também andaram mal das pernas e se reergueram”, aponta Mendonça –, e a parceria com agroindústrias para o fornecimento de aveia e café orgânicos, e mascau, uma espécie de nescau ecológico.
A médio prazo, o outro objetivo é baixar o preço dos produtos. Mendonça ainda destaca a criação de novas feiras ecológicas – no shopping Lindóia e no bairro Moinhos de Vento – iniciar equipes de esporte entre os associados para divulgar a alimentação orgânica entre atletas, e a contratação de uma assessoria de imprensa para produzir vídeos mostrando o trabalho dos produtores.
A mudança de sede também é considerada uma iniciativa para levantar a cooperativa. O local mais espaçoso vai abrigar novidades como biblioteca, café, sala de vídeo, uma cozinha com 80 metros quadrados e a vista do público.
A loja no andar térreo vai facilitar a vida de idosos e deficientes físicos. A visibilidade da Osvaldo Aranha (nº 894, em frente ao Araújo Viana) é outra vantagem apontada. Consultórios de nutrição – com Dona Hertha Wiener – e de produção ecológica, com um agrônomo, serão mantidos de forma permanente.