Artista plástica pinta beleza e ameaças à vegetação brasileira
2005-05-06
Cantos e Recantos de Nossas Florestas é o nome da nova exposição de Dircéa Mountfort. Em 30 obras em aquarela, a artista mineira utiliza-se de sua técnica e sensibilidade para transmitir a importância de se preservar a diversidade de ecossistemas e vegetação nativas para as gerações futuras.
Seu trabalho capta e amplifica, com rara beleza e vigor, as florestas brasileiras. Da Mata Atlântica à Chapada dos Guimarães, de pequenos detalhes a vastos panoramas, o olhar poético de Dircéa nos guia através de um Brasil múltiplo em suas manifestações naturais.
Evolução natural de seu trabalho anterior, Trilhas da Mata Atlântica, em que a artista retratou nossa principal floresta litorânea, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, Dircéa reforça aqui seu engajamento com a questão ambiental: — trata-se de um projeto em que defendo a preservação do meio ambiente para as gerações futuras: o espaço, o tempo, a natureza e a cor de nossas matas, afirma Dircéa.
A artista utiliza sua pesquisa e trabalho para chamar a atenção do público para a beleza e diversidade das matas e a ameaça que, infelizmente, teima em fugir ao controle dos órgãos públicos responsáveis. Através de seus contornos suaves, transparências, cores, luz e leveza, atrai o olhar do espectador, seduzindo-o a trilhar com ela os caminhos da nossa vegetação, em um estágio de reflexão sobre nosso rico patrimônio natural e de conscientização para a preservação ambiental em nosso país.
Sobre a artista
Dircéa Mountfort é mineira, graduada em Ciências Sociais pela PUC-SP com pós-Graduação em História. Iniciou sua carreira artística em 1970, em Curitiba. Já recebeu 44 prêmios, como no Salão Paulista de Belas Artes, e participou de várias exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, incluindo Paris, Beiruth, Nova York e Lisboa.
De 6 a 24 de maio no Espaço Cultural Banco Central de São Paulo.