Apenas 8% do esgoto no Rio Grande do Sul é tratado
2005-05-05
A falta de recursos e os problemas na definição de responsabilidades entre União, estados e municípios têm limitado a ampliação do saneamento básico no país. No RS, apenas 8% do esgoto é tratado e 50% das economias possuem rede coletora. A discussão reuniu ontem, no Hotel Plaza São Rafael, na Capital, integrantes de governos e representantes de entidades ligadas ao tema no Seminário Sulbrasileiro de Saneamento Ambiental, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do RS (Abes). O evento prossegue hoje.
Apesar de o saneamento ter gestão compartilhada, na prática há confusão sobre responsabilidades devido à falta de uma política nacional. Em Porto Alegre, a capacidade de tratamento é de 27%, mas o índice real fica aquém. O diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Cláudio Dilda, enfatizou que o percentual tratado ainda é baixo. Dilda disse que a maior parte das localidades opera com problemas técnicos e com ineficiência. O RS é pioneiro na implantação de política estadual de saneamento, aprovada em 2003. No entanto, enfrenta dificuldades de financiamento junto à União, que não vem realizando os investimentos previstos, informou o secretário estadual de Obras e Saneamento, Frederico Antunes. Em 2004, o governo federal teria repassado apenas R$ 1 milhão dos R$ 50 milhões necessários para as obras. (CP, 05/05)