Comunidades nativas de Calgary, em Alberta, Canadá, estão requerendo na Justiça direitos de compensação pela construção de um gasoduto de US$ 5,6 bilhões que atravessa suas terras, em razão das mudanças culturais e econômicas que o projeto vai trazer para as suas vidas.

O negociador do grupo Gwichin Tribal Council, Richard Nerysoo, disse estar desapontado com a empreendedora, a Imperial Oil Ltd., e com seus parceiros do duto do Vale do Mackenzie porque foram suspensos trabalhos de engenharia e contratos para o gasoduto de 1.350 quilômetros de extensão. Os parceiros disseram ainda estar comprometidos com o projeto, que vai do Delta do Mackenzie até Beaufort Sea. Mas alertam que o atraso nas obras vai prejudicar o maior duto de gás do Ártico.

As demandas do grupo nativo em troca do acesso às terras foi a maior causa da suspensão das obras, diz a Imperial. A companhia assinala que o governo deveria lidar com essas demandas sociais que estão sendo equacionadas pelo setor privado, a fim de tentar uma solução para o conflito.

As empresas parceiras disseram, na semana passada, que os atrasos decorrentes das questões regulatórias de terras seriam encaminhados por audiências públicas que devem começar apenas no próximo outono. Além do grupo Gwichin, o gasoduto deverá também afetar comunidades natives de Sahtu, Inuvialuit e Deh Cho First. O governo federal disse estar buscando soluções, mas ressaltou não ter um papel legal nas discussões. (Fonte: PlanetArk, 4/5)