(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-05-02
A vala séptica que recebeu o lixo hospitalar de Curitiba (PR) e 13 municípios da região metropolitana (RMC) nos últimos 16 anos foi lacrada definitivamente na quinta-feira (28/04) pelo IAP - Instituto Ambiental do Paraná. A partir de agora, as prefeituras e estabelecimentos de saúde terão que contratar empresas especializadas para cuidar da coleta, tratamento e destinação final dos resíduos infectantes. Por dia, a vala séptica abrigava 14 toneladas de lixo infectante. Em uma década e meia, o depósito recebeu 57 mil toneladas de dejetos. Na RMC, as prefeituras preparam planos de gerenciamento junto ao IAP. Já em Curitiba, a responsabilidade pelos resíduos está sendo discutida na Justiça.

Enquanto a vala era fechada, os estabelecimentos de saúde da capital sofreram um revés na disputa para ter o lixo infectante recolhido pela prefeitura. O TJ - Tribunal de Justiça acolheu um recurso impetrado pela administração municipal e suspendeu a liminar da juíza Fabiana Passos de Melo, da 1.ª Vara da Fazenda Pública, que obrigava o município a continuar recolhendo os resíduos hospitalares.

O Sindipar - Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Paraná havia entrado com uma ação pedindo que a prefeitura fosse considerada definitivamente responsável pelo serviço de coleta, transporte, tratamento e destino dos dejetos e conseguiu a liminar no início da semana. Por conta do impasse, a coleta não foi realizada. No Hospital Cajuru, um dos maiores da cidade, os cerca de 500 quilos de resíduos produzidos desde o fim da tarde de quarta-feira (27/04) não foram recolhidos. De acordo com a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção, Jurinâ Oromi Lopes, o hospital dependia do serviço da prefeitura. Com a decisão do TJ, o hospital, que já estudava contratos com empresas especializadas, terá que cuidar do seu próprio lixo. O Sindipar garante que os hospitais vão realizar a coleta a partir desta sexta-feira (29/04), mas avisa que a disputa judicial vai continuar.

Conama
A prefeitura se baseia numa resolução do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente que determina que a responsabilidade pela destinação final do lixo infectante é dos geradores. A Fehospar - Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná, da qual o Sindipar faz parte, defende que como os resíduos são produzidos na verdade pelos pacientes, o poder público deveria se responsabilizar por ele. Além disso, o presidente da Fehospar, José Francisco Schiavon, diz que a despesa com este tipo de serviço já está previsto no orçamento do município. — Os hospitais não podem ser induzidos à dupla tributação decorrente da taxa de coleta de lixo do IPTU e contratação de serviço terceirizado, diz.

Segundo o procurador do município, Ivan Bonilha, na previsão orçamentária do município constam os gastos com os 500 quilos de lixo produzido pelas unidades municipais de saúde, no valor de R$ 45 mil. De acordo com ele, a administração poderia até ser questionada pelo Tribunal de Contas, se utilizasse recurso público para arcar com gastos com serviço de tratamento de lixo produzido por estabelecimentos particulares. A prefeitura acredita que, a partir da sexta-feira (29/04), a coleta vai se normalizar porque os grandes geradores de resíduos infectantes já tinham encaminhado seus planos de gerenciamento.

Fiscalização
A fiscalização para identificar irregularidades na destinação do lixo e estabelecimentos que não providenciaram seus planos já começou em Curitiba. Na capital, a Vigilância Sanitária e a Secretaria de Meio Ambiente dividem o trabalho. Nos municípios da região metropolitana, o IAP começa na sexta-feira a fiscalização. Até quinta-feira, o órgão não tinha recebido os planos de gerenciamento das prefeituras de Campo Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, São José dos Pinhais e Piraquara. A maioria das administrações também não enviou o cadastro dos estabelecimentos de saúde existentes nas cidades. Sem o levantamento, as prefeituras também poderão ser autuadas nos casos de irregularidades encontradas nos estabelecimentos privados. A multa pode chegar a até R$ 50 milhões de acordo com o impacto ambiental causado pela destinação incorreta do lixo. (Gazeta do Povo/PR, 29/04/2005)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -