As florestas plantadas, apesar de representarem menos de 1% do total da área florestal do Brasil, vêm sendo responsáveis por mais de 60% da madeira industrial em tora consumida no País, conforme mostra levantamento coordenado pela Sociedade Brasileira de Sivicultura (SBS) referente a 2000: dos 166 milhões de metros cúbicos de madeira em tora consumidas pela indústria naquele ano, 102 milhões vieram de florestas plantadas. Em dois segmentos, a madeira industrializada e proveniente exclusivamente desse tipo de floresta: o de celulose e papel e o de painéis de madeira reconstituída.

Já a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Sivicultura, realizada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a participação das florestas plantadas vem crescendo ano a ano na produção florestal primária no País. Em 2003, a lenha oriunda da silvicultura representou 41,7% da produção total de lenha, ante 17,3% em 1990. Na produção de madeira em tora, a participação das florestas plantadas saltou de 32,5% em 1990, para 82,8% em 2003. Na produção de carvão vegetal, no entanto, estaria havendo uma tendência de queda, o que, segundo o IBGE, refletiria uma diminuição no ritmo de reflorestamento do setor siderúrgico nos últimos anos. Essa tendência, no entanto, não é confirmada pelos dados estatísticos da Associação Mineira de Sivicultura (AMS), para quem, nos últimos anos, as florestas plantadas vêm defendendo uma fatia que oscila estavelmente em torno de 70%.

No setor madeireiro, as florestas plantadas também vêm ocupando cada vez mais espaço. Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente (Abimici), em 1993 os serrados de pinus representavam um quarto da produção total de serrados do País: 4.300 milhões de um total de 16,920 milhões de metros cúbicos. Em 2002, embora ainda predominassem os serrados de madeira tropical (nativa), os de pinus passaram a responder por mais de um terço dos 22,300 milhões de metros cúbicos produzidos: 7,900 milhões. Quanto aos compensados, os de pinus representavam apenas 30% da produção total do País em 1993. Em 2002 a situação estava invertida: eles detinham 60% da produção. (GM, 02/05)