Antenas de celular são rejeitadas pela população em Nova Jersey
2005-05-02
Residentes de Mendham Township, em Nova Jersey,Estados Unidos, estão entre a faixa da população mais saudável do país, pagam muito caro para viver em um lugar quieto, repleto de árvores. A loja de Correios é o único prédio comercial da vila, e a parada de Quatro de Julho parece ser o único evento anual que agita a cidadezinha.
Assim, quando a Verizon Wireless propôs a construção de uma antena de transmissão de celular de 150 pés de altura no topo da colina mais alta, oficiais locais disseram não, pensando no problema que seria Ter que modificar as normas de zoneamento da cidade.
Mas eles estavam equivocados. Nos próximos meses, após uma fútil batalha na Justiça contra a Verizon e quatro outras operadoras de serviços sem fio, os residentes de Mendham Township vão ver a torre se erguer, ficando visível da maioria das partes da cidade.
Sua perda da batalha está se tornando um lugar comum em centenas de comunidades ao redor do país que têm as mesmas restrições contra as empresas de celulares e a sua marcha silenciosa de antenas e dispositivos nos subúrbios.
O medo de que as torres gigantes reduzam os valores das propriedades e causem problemas de saúde por causa das emissões de radiofreqüência criou um tipo de oposição que é usualmente reservado para as plantas de tratamento de resíduos em muitas cidades.
As torres, às vezes parecidas com árvores, como cactos e outras, estavam antes confinadas a áreas esparsamente povoadas ou beiras de rodovias ou zonas industriais e residenciais. Mas muitas áreas suburbanas padecem do uso de maus serviços de telefonia celular por causa da resistência às torres. Segundo o advogado Ed Donohue, de Washington, que representa as companhias de serviços sem fio em vários casos, há mais de 500 torres de celulares em todo o país sendo objeto de disputa na Justiça, para instalação em áreas como as de Mendham Township. A lei federal proíbe as cidades de rejeitarem as transmissões via torres de celular alegando razões de saúde, pois não existem estudos conclusivos que evidenciem danos às pessoas aos níveis de operação permitidos pela Federal Communications Commission (FCC), a agência que regulamenta as telecomunicações nos Estados Unidos. (NY Times, 1º/5)