Ibama investiga venda de carvão vegetal
2005-04-29
Uma iniciativa inédita do Ibama, por meio da diretoria de Florestas em conjunto com as gerências estaduais, quer acabar com o consumi ilegal de carvão vegetal. O alvo principal da operação são as siderúrgicas do Maranhão, Pará e Minas Gerais, que utilizam o produto como matéria-prima para a produção de ferro-gusa. O objetivo é fazer com que as empresas tenham autonomia para produzirem a matéria-prima e deixem de utilizar madeira de florestas nativas.
De acordo com o Ibama, um grande volume de carvão vegetal que abastece anualmente o pólo siderúrgico brasileiro, principalmente para a produção de ferro-gusa, ainda é proveniente de florestas nativas. No momento o Ibama no Maranhão está fazendo um levantamento completo junto às empresas sobre a compra e venda de carvão vegetal, o volume consumido, quem são os fornecedores e a origem do produto. Depois do levantamento, o próximo passo vão ser as inspeções de campo para checar as informações, além de cruzar com dados das secretarias de fazenda e dos estados. A reposição florestal é outra cobrança que vai ser feita pelo órgão. Com sete usinas de ferro-gusa no Maranhão, a média diária de consumo vegetal alcança 27 mil metros cúbicos. (GM, 29/04)