O Amazonas começa a buscar alternativas em seus recursos naturais. Turismo ecológico, extração legal de madeira, exploração do gás natural e aproveitamento da biodiversidade surgem como perspectivas para o Estado que detém 18% da superfície brasileira. Vocação natural do Amazonas, o turismo é uma das alternativas capazes de render resultados mais rapidamente. Ela tenta atrair mais visitantes, acenando não só com as belezas naturais, mas também com as atividades culturais. A principal aposta é o Proecultur, projeto do Ministério do Meio Ambiente que conta com investimento do Banco Mundial (Bird), do Tesouro Nacional e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Sua meta é estimular o turismo ecológico com preservação. O Bird abriu os cofres para que fossem criadas condições adequadas ao ecoturismo, sem danos ao meio ambiente. Já as descobertas no campo da biodiversidade estão distantes. Além de naturalmente demoradas por dependerem de longas pesquisas, a obra para construção do Centro de Biotecnologia se arrasta. Ele não será inaugurado antes de abril, consumindo R$ 11,3 milhões iniciais com verbas da Suframa, Ministério do Meio Ambiente e governo do Estado. A exemplo da biodiversidade amazonense, a extração da madeira que ocupa a maior parte do Estado numa fonte de empregos e negócios ainda está distante de se tornar real. Com a implantação de regras fundamentais para a preservação da floresta, o manejo, a produção encolheu e o Amazonas, que já teve exploração de 1,5 milhão de metros cúbicos por ano, não vai muito além dos 300 mil metros cúbicos pelos números do Ibama. (Valor Especial Amazonas/F1, 02/09)