A Agência Nacional de Águas (ANA) vai participar do Gobacite (sigla em inglês para Gestão, Bacia, Cidadania), um projeto internacional de pesquisa sobre saneamento, coordenado pela Universidade de Oxford.

O projeto tem o objetivo de conhecer o impacto da gestão compartilhada dos recursos hídricos e dos serviços de saneamento na qualidade da água, especialmente no que se refere à saúde reprodutiva e da criança. Participam do Gobacite 18 universidades do mundo, dentre elas a de Greenwich (Reino Unido) e a de Buenos Aires (Argentina).

O presidente da ANA, José Machado, confirmou a participação da agência no projeto nessa quarta-feira, ao se encontrar com o diretor de Assuntos Internacionais da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Antônio Costa Neto.

A proposta do Gobacite é pesquisar as condições e requerimentos que integram a governabilidade na gestão integrada, para conhecer como as necessidades por água nos diversos usos – abastecimento, indústria, irrigação, consumo humano e animal – e as conexões geradas por elas interferem na saúde humana. Nesse quadro, a realidade referencial é a bacia hidrográfica, já que liga em rede todos os usuários e suas diferentes demandas.

Antônio da Costa Neto, da Assemae, esclarece que 19 parceiros estão na rede brasileira do projeto. – Quisemos ganhar corpo antes de procurar a ANA, um parceiro estratégico neste processo, esclareceu. Ele disse que a participação da ANA vai ajudar a definir os critérios para a escolha das bacias que serão analisadas, além de contribuir para o modo como a pesquisa será realizada.

– O projeto visa a obter informações que são correlatas com as ações que a ANA já desenvolve, esclareceu o diretor-presidente da ANA. Segundo ele, ao acolher a proposta, a agência fornecerá toda a sua experiência no que se refere à questão compartilhada, além dos estudos técnicos que desenvolveu nas bacias hidrografias sobre usos e saneamento, por exemplo. Machado lembrou que a contrapartida do Gobacite é dar à ANA dados fundamentais que serão usados nos programas de políticas públicas de recursos hídricos. (Agência Brasil 28/04)