Revendedores de gás acusam falta do produto na Argentina
2005-04-29
A entidade que concentra as estações de serviço de venda de gás independente sustentou ontem (28/4) que a maior quantidade de cortes no fornecimento de gás, nas últimas horas, deveu-se à falta de oferta por parte das distribuidoras, e não à carência de gás. A instituição mostrou-se confiante em possíveis medidas a serem adotadas pelo governo para contornar o problema.
As empresas de gás estenderam seus cortes de gás, nesta semana, a quase todo o país, concentrando-se nas usinas elétricas, mas alcançando também algumas estações de serviço de gás natural comercial. Frente a esta situação, a entidade, que agrupa os vendedores independentes, assegurou, ontem (28/4), que os cortes devem-se à falta de oferta por parte da distribuidora, e não à falta de gás.
Segundo Raúl Castellano, titular da entidade que agrupa as distribuidoras, a situação foi gerada ais por iniciativa de empresários do que por falta de administração. –A distribuidora de Gas do Centro, que é a que abastece estas estações de serviço, avisou-lhes que, a partir de 1º de maio, vai receber somente a metade. É muito provável que a outra metade seja negociada a outro preço, afirmou.
O panorama geral dos últimos dias foi de restrições. A Camuzzi Gas Pampeana, de Buenos Aires e La Pampa, teve dois cortes – o maior, de 3,6 milhões de metros cúbicos, afetou a Central Piedrabuena, em Baía Blanca. Em Camuzzi Gas del Sur – toda a Patagônia – houve cortes em Neuquén e nas usinas. Na MetroGas, houve uma restrição de 8,3 milhões de metros cúbicos que atingiu as geradoras. A Gas del Centro (Córdoba, Catamarca, La Rioja) não entregou 829 mil metros cúbicos de gás. Na Litoral Gas (Santa Fe, norte de Buenos Aires), as restrições foram de 1,243 milhões. Não houve cortes em GasBan, GasNea y GasNor. Os cortes também atingiram o serviço de gás natural combustível, GNC. (Clarín, 29/4)