O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Ferreira Presser, apresentou ontem, em reunião-almoço promovida pela Associação Gaúcha de Empresas de Obras de Saneamento, na Fiergs, o diagnóstico dos primeiros três meses da administração. Empresários do setor conheceram também o programa de trabalho e o plano de obras do Dmae para 2005. Presser falou sobre a retomada das negociações da prefeitura com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para viabilizar o Programa Integrado Socioambiental.

Conforme Presser, o diagnóstico mostrou queda significativa do volume de água faturado, ou seja, cobrado pelo Dmae. Para o diretor-geral, isso reflete a economia que a população está fazendo, bem como a falta de hidrômetros. Ligações clandestinas e fugas da água também contribuem para a queda do volume faturado, segundo ele. Outro problema citado por Presser foi o aumento da inadimplência, que saltou da média de 9% nos anos anteriores para 11,5% em 2004. Ele explicou que, por isso, os investimentos passaram de cerca de R$ 50 milhões, em meados da década de 90, para R$ 25 milhões, no ano que passou.

Renegociação de contratos com fornecedores de produtos químicos, aumento da automação, principalmente das estações de bombeamento para o objetivo de economizar energia elétrica, e regionalização da operação do Dmae para agilizar o combate às fugas de água por meio de um sistema de macromedição são algumas das medidas em andamento. (CP, 28/04)