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2005-04-28
Quando oreator nuclear de Chernobyl explodiu, em 26 de abril de 1986, as terras de Komarin, na fronteira com a Bielorrússia estavam diretamente no caminho do perigo. Quase duas décadas depois, as auitoridades da Bielorrússia estão investindo pesado na região, afirmando que ela precisa ser explorada. As propriedades rurais locais estão agora com criação de gado. A produção de leite livre de radiação foi tão custosa para tornar-se lucrativa que o Estado teve que investir no setor.

–De fato, a radiação torna a vida mais complicada, e as atividades rurais são mais caras aqui. É por isto que o Estado nos compensa, afirma um produtor rural local. –Mas não podemos apenas abandonar estas terras. As pessoas sempre viveram aqui e planejam ficar, com ou sem radiação, acrescentou.

No entanto, um quinto da produção agrícola da Bielorrússia foram contaminados. E deixar as regiões do país em condições seguras é um grande desafio que requer esforço considerável. Um dos trabalhos realizados na região é o de assegurar que os alimentos que as pessoas consomem não contêm doses perigosas de radiação.

Mas, três horas ao norte de Komarin, a médica Valentina Smolnikova precisa lidar com as conseqüências. Uma menina de dez meses, Christina, nasceu com sérios problemas no coração devido aos efeitos que seus pais sofreram em decorrência de Chernobyl. Mas não é apenas isto: muitas casas na Bielorrússia foram abandonadas após o acidente. E a avó de Christina está desfigurada por causa de um tumor na região da tireóide, causado pela radioatividade. Outros dois parentes da criança também padecem de câncer em decorrência da radiação. Segundo Valentina Smolnikova, antes de Chernobyl não era comum ver crianças com câncer no país. (BBC, 27/4)

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