Toxina em palmito não é descartada
2005-04-27
O resultado negativo em 20 amostras de palmito não foi suficiente para que a Secretaria Estadual da Saúde suspendesse a restrição ao consumo do alimento. O secretário da Saúde, Osmar Terra, afirmou que serão verificadas 120 embalagens para descartar a presença da toxina que causa o botulismo. A previsão é de mais uma semana de estudos.
Até lá, permanece proibida a venda dos produtos das marcas Luana, Anela e Golden Palm. A secretaria também aguarda laudo das vigilâncias sanitárias dos Estados de origem das empresas. – Analisamos 20 amostras, deu negativo, mas é pouco. Ampliamos o número porque é praxe estudar 1% do que foi tirado de circulação - explicou o secretário em entrevista coletiva na tarde de ontem.
Somente em Porto Alegre, segundo ele, foram tirados das prateleiras 12 mil vidros, o que sustenta a opção por examinar 120 deles. A análise é feita pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), vinculado à Secretaria da Saúde.
A suspeita de que as três marcas tenham relação com a doença surgiu quando uma moradora da Capital foi internada no Hospital de Clínicas com os sintomas. Ela e um outro homem haviam consumido os produtos, mas ele não desenvolveu o botulismo.
Segundo o secretário, não se pôde confirmar a presença da toxina na paciente que apresentou os sintomas, mas, segundo neurologistas e patologistas, não haveria chance de ser outra doença. A mulher já foi transferida para um quarto e está em recuperação. (ZH 27/04)