Prospecção de salmão perto de uma mina leva à preocupação no Alasca
2005-04-27
A Baía de Bristol, um intricado sistema de lagos, faixas e rios que servem de lar para alguns dos maiores corredores de salmões, está permanecendo sem modificação pela atividade humana.
Com árvores esparsas, não tem sofrido devastação. Não há represas significativas e há poucas rodovias. A única forma de chegar até lá é por ar ou por embarcação aquática. –Não está tanto como Deus fez, mas muito perto de estar bem, disse o Dr. Thomas Quinn, biólogo especialistas em peixes da Universidade de Washington que estuda a região por quase 20 anos.
No entanto, a Baía de Bristol é também uma região economicamente deprimida que abriga ricos depósitos minerais. E os prospectores estão gastando dezenas de milhões de dólares em planos de mineração ao longo das cabeceiras de pesca de salmão, o que poderá mudar a região para sempre.
Na primeira linha está a Northern Dynasty Mines Inc., uma subsidiária de uma empresa canadense que está trabalhando na viabilidade de estudos para a abertura de uma mina de ouro e cobre, chamada Pebble, que poderia gerar empregos para esta região deprimida.
A mina é de grande escala, seu custo é estimado em US$ 1,5 bilhão, segundo estimativa da companhia, e poderá ultrapassar o maior depósito de ouro e o segundo maior depósito de cobre da América do Norte. A mina também contém molibdênio, freqüentemente utilizado para fortalecer e endurecer aço.
A mina, uma vez aberta, cobrirá 2 milhas quadradas, e o complexo todo, 14 milhas quadradas, mais de dez vezes o tamanho do Central Park.
Mas muitos ambientalistas e residentes locais temem que a mina possa ser um desastre para a pesca de salmão, da qual depende o ecossistema local. Em 2004, mais de 27 milhões de salmões foram comercialmente pescados na Baía de Bristol. (NY Times, 26/4)