Banco apoia pesquisa para produção de biodiesel a partir de espécies nativas da Amazônia
2005-04-26
O Banco da Amazônia vai apoiar a implantação de projeto piloto de produção de biodiesel no Acre a partir de espécies oleaginosas nativas, com a utilização da tecnologia chamada de craqueamento, desenvolvida pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) e pela Universidade Federal do Acre (Ufac). A iniciativa é uma das que terá recursos próprios do banco destinados à pesquisa aplicada este ano.
A participação do Banco da Amazônia no incentivo à produção de biodiesel inclui também o fomento à produção. No Pará, 100 famílias de agricultores foram financiadas em cerca de R$ 2 milhões pelo banco para o cultivo da palma do dendê, que abastece a Agropalma, no município de Moju, no leste do Pará, a primeira indústria de biodiesel do país. Com isso, o Banco da Amazônia proporciona aos pequenos produtores, que antes se dedicavam à agricultura de subsistência, a inserção na cadeia de produção do biodiesel.
O Brasil, por sua extensão territorial e excelentes condições naturais é considerado um dos territórios mais apropriados para a exploração de biomassa para fins energéticos. As espécies oleaginosas nativas também poderão ser utilizadas nas indústrias alimentícia e química. Atualmente são cultivadas no país diversas espécies de oleaginosas que possuem potencial para a produção de biodiesel, tais como a soja, a mamona, o girassol e o dendê. Para ficar mais barata, a produção do biodiesel precisa ganhar escala, o que depende da ampliação do volume de produção de oleaginosas no país. (Amazônia.org, 25/04)