(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-04-26
Um grupo científico internacional, formado pela comissão antidrogas da Organização dos Estados Americanos (OEA), concluiu que o risco para a saúde humana representado pelo uso do glifosato na pulverização dos cultivos ilegais da Colômbia não é significativo. Os riscos para o meio ambiente e animais terrestres são poucos ou nulos, e podem ser moderados para os organismos aquáticos, segundo os pesquisadores, que apresentaram em Bogotá nesta sexta-feira um estudo sobre os efeitos da aspersão aérea desse herbicida.

–A pulverização cuidadosa não é um risco maior, disse o especialista canadense Keith Solomon, que liderou a Equipe Científica de Avaliação.

Esta equipe fez o estudo por causa de uma solicitação da Colômbia à Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD), e em virtude de um convênio do governo com a OEA. Além de Solomon, estavam na equipe o brasileiro Antônio Luiz Cerdeira, o espanhol Arturo Anadón, a mexicana Luz Helena Sanín e o britânico E.J.P. Marshall.

O estudo teve como referência o departamento de Boyacá, no nordeste do país, e também abrangeu a Sierra Nevada de Santa Marta, no norte colombiano, e as regiões sul-ocidentais do Vale do Cauca, sudoeste do país, Putumayo e Nariño. O trabalho de campo durou de setembro de 2004 a março deste ano, com presença direta dos especialistas, apoiados pelo Grupo Técnico Permanente de Monitoração Móvel, que assumiu a coleta de amostras, enviadas para um laboratório no Canadá. O glifosato e a substância conhecida como cosmo-flux, usada junto com o herbicida, não apresentam um risco significativo para a saúde humana, afirmaram os cientistas.

O contato causa irritação temporária na pele e nos olhos, acrescentaram os membros da equipe, que, no entanto, admitiram que não mediram de forma direta a exposição em cultivadores de coca e papoula. Além disso, consideraram ser conveniente um estudo profundo sobre a associação entre a exposição ao herbicida e a reprodução em humanos.

–Em todo o ciclo de produção e erradicação dos cultivos de coca e papoula, os riscos para a saúde humana associados a lesões físicas durante o desmatamento, queima e uso de pesticidas para a proteção dos cultivos ilegais são considerados mais importantes que os provenientes da exposição ao glifosato, acrescenta o estudo. Os cientistas destacaram que é importante reconhecer que o impacto aqui (na Colômbia) não é pelo uso do glifosato, mas a ação inicial de desmatar e queimar é a causa primária dos efeitos no ambiente.

Mais de um milhão de hectares de floresta foi destruído no país para os cultivos ilegais, que atualmente cobrem cerca de 80.000 hectares, comparado a 165.000 em 2001. As condições das florestas tropicais que existiam antes do desmatamento e da queima só poderão ser recuperadas em centenas de anos, alertaram. Os especialistas documentaram efeitos indiretos sobre artrópodes terrestres (insetos) e outras formas de vida silvestre, mas atribuíram esses efeitos a alterações do habitat e das mudanças ambientais por efeito da remoção das plantas pulverizadas. No caso do risco para os organismos aquáticos, a equipe científica explicou que as espécies de águas superficiais podem ser mais afetadas, mas de forma moderada.

Porém, os cientistas admitiram que se desconhece a freqüência e magnitude disto (da pulverização), e não existem dados disponíveis sobre a proximidade das águas superficiais aos cultivos de coca. Os especialistas recomendaram a coleta de dados adicionais durante um período maior para obter uma melhor caracterização dos impactos da produção de coca e papoula no meio ambiente superficial e aquático. (Terra Notícias, 22/4)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -