VCP dá continuidade ao plano de expansão florestal
2005-04-26
O diretor florestal da Votorantim Celulose e Papel (VCP), engenheiro José Maria de Arruda Mendes Filho, foi convidado do Café da Manhã da Câmara do Comércio, realizado ontem. Mendes Filho falou sobre os investimentos do grupo da Região Sul do Brasil, do florestamento no extremo Sul e do, recentemente lançado, Plano de Poupança Florestal. Segundo ele, a meta da VCP é plantar durante seis anos 100 mil hectares de florestas de eucaliptos.
O plano é 12 mil hectares próprios por ano e 5 mil dos parceiros florestais — pequenos, médios e grandes donos de terras. Disse que se trata de uma iniciativa pioneira que nasce com a intenção de ser um projeto de inclusão social.
A VCP já adquiriu mais de 55 mil hectares de terra na região, com objetivo de dar continuidade ao e plano de expansão florestal — um investimento de RS 100 milhões e uma previsão de geração de 100 empregos diretos, 700 para terceirizados e mais de 2,5 mil emprego indiretos. A área é destinada ao plantio de eucalipto, sendo que 35% da terra é reservada à preservação ambiental.
Sobre o Projeto Poupança Florestal, Mendes Filho disse que se trata de um programa de produção de eucalipto em regime de fomento, em parceria com assentados do programa de reforma agrária e pequenos agricultores gaúchos.
Com a participação do governo do Estado e do Banco ABN Amro Real, o programa garante condições diferenciadas para a implantação de um parque industrial numa área que compreende 14 municípios no Sul do Rio Grande do Sul. São eles: Pelotas, Capão do Leão, Pedro Osório, Cerrito, Arroio Grande, Herval, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Piratini, Candiota, Rio Grande, Bagé, Aceguá e Jaguarão.
O Programa oferece uma série de diferenciais ao produtor rural. Entre eles, a VCP oferece material, a garantia de compra de 95% da madeira obtida em dois ciclos de colheita (14 anos) com valores previamente acertados que serão corrigidos anualmente pela mesma taxa que o produtor pagará ao banco, de 9%.
Segundo o diretor da VCP, a escolha do grupo pela região deve-se em parte à qualidade do solo e clima e a boa infra-estrutura oferecida. A empresa avalia opções de transporte de toras e cavacos via Porto de Rio Grande, fornecimento de madeira serrarias e construção de uma fábrica de celulose. A Votorantim também já solicitou ao governo do Estado, a designação de uma área retro-portuária localizada no Distrito Industrial do Rio Grande, considerado estratégico pelo setor logístico da VCP para instalação do complexo que poderá exportar a madeira produzida na região.
O presidente da Câmara de Comércio, Juarez Molinari, disse que a presença do diretor da VCP é uma grande oportunidade para o desenvolvimento do extremo sul do Rio Grande do Sul e a chance para os produtores, gerarem renda na sua comunidade. (Celulose online, 25/4)