Porto Alegre produz mil toneladas de lixo por dia
2005-04-25
Porto Alegre produz, diariamente, cerca de mil toneladas de lixo domiciliar. O destino desses resíduos são os aterros sanitários, que devem apresentar adequação técnica para a preservação do ambiente. O lixo pode seguir para a unidade de triagem e compostagem da Lomba do Pinheiro, o aterro Santa Tecla, em Gravataí, ou o Centro de Resíduos do Recreio, em Minas do Leão. Este último recebe cerca de 70% da demanda.
O aterro sanitário Santa Tecla recebe 30% dos resíduos sólidos da Capital, além de Esteio, Cachoeirinha e Gravataí. O local é de responsabilidade da Prefeitura de Gravataí, mas administrado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) da Capital. Segundo o chefe do Serviço de Resíduos Sólidos Urbanos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Sérgio Rohde, o local está saturado. A prefeitura da Capital pediu autorização para ampliar o aterro, o que não foi concedido pela Fepam. Rohde informou que o município não seguiu as etapas exigidas para concessão da licença e hoje o aterro funciona sob liminar judicial.
Para a presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Edi Xavier Fonseca, faltam incentivos para a correta realização da coleta seletiva, indicando os locais para onde possa ser levado o lixo seco. Denunciou o roubo de lixo na cidade. Edi afirmou que o DMLU deveria fazer um trabalho de fiscalização e orientação para tentar organizar os coletores, pois o sustento deles sai do lixo.
O diretor do DMLU, Wilton Araújo, concordou que a coleta seletiva vem sendo desestimulada nos últimos meses, mas atribuiu a falta de empenho à administração anterior. Segundo ele, a média da coleta de lixo reciclável caiu de 65 toneladas por dia para 38t/dia. Araújo afirmou que os dias e horários de recolhimento do lixo ainda não são totalmente respeitados pela população e, por isso, uma equipe do DMLU percorre os bairros para promover atividades de educação ambiental. (CP, 25/04)